quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

UM NATAL INESQUECÍVEL

A amizade entre o ser humano e os animais é algo muito bonito e interessante. Os animais são presentes do criador e que nos ensinam diariamente lições, sobretudo de fidelidade, desprendimento e valentia em defesa desta amizade. 
Existe um ditado popular bem certo: mais vale um cachorro amigo do que um amigo cachorro. 
Nas noites frias onde a temperatura faz renguear cusco aqui na Província de São Pedro, as rondas sociais das grandes capitais e das cidades do interior perambulam em busca de moradores de rua para levá-los aos albergues onde terão uma cama, alimento e a segurança de um teto. Numas das noites ouvindo o Brasil na Madrugada na Rádio Gaúcha fiquei sabendo por uma matéria que dois fatores são muitas vezes empecilhos para que os moradores de rua não queiram passar a noite nos albergues, o primeiro é que é necessário tomar um banho, ou seja, fazer a higiene pessoal, mas muitos se negam a este expediente e o segundo e mais agravante é que nos albergues animais não podem entrar e aí a maioria dos moradores de rua optam em ficar ao lado dos seus amigos, num exemplo de amizade e lealdade que convida a refletir.  Cada cidade possui seus moradores que são peculiaridades, quem não lembra do Militão em Novo Hamburgo nos anos 70? E em Campo Bom do Eloí Louco do Rio Branco com seu carrinho de mão. O Eloi era uma figura, mas para nós crianças que não sabíamos que o mesmo sofria de distúrbios mentais era um “perigo”. 
Mais perigoso que Eloi só a kombi dos vampiros que tiravam sangue. O tempo passou, crescemos e aos poucos descobrimos que ele era um ser humano igual a nós e que precisava de ajuda e tratamento. Sempre acompanhado de cães pelos quais nutria profundo carinho e respeito.
Verão de 1976, o velho Eloi exímio fazedor de poço cavado, lembra quando não havia a Corsan o jeito era cavar um poço e dali se tirava água para beber, tomar banho, cozinhar, lavar. Naquela época o micróbio mais perigoso que a gente conhecia no Morro das Pulgas era um tal de tatu (não é aquele tatu que você colocava embaixo das classes na escola seu porcalhão e a gurizada pensava que era chiclé Ping Pong), o tatu que eu falo é aquele com casco que faz buracos. Não havia este negócio de poluição do lençol freático. 
Quando não estava em surto Eloi que odiava ser chamado de Cafuncho ou Tomé, fazia poços em Campo Bom especialmente no Rio Branco e Paulista. Pois num sol de rachar a gente retornava do centro e subia a Andradas esbaforido o velho Eloi conduzindo seu inseparável carrinho de mão, dentro do carro estava de carona, a laika uma cadela SRD – Sem Raça Definida, pêlo amarelado, a mesma estava faceira dentro do carrinho. Seguindo o Eloi, quatro filhotes da laika subiam a Andradas correndo atrás do carrinho, aí é que o cotidiano se transforma em inusitado. O velho Eloi de guerra, para o carrinho e com a voz estridente grita: “Laika desce já, onde é que já se viu tu aí de carona e os teus filhinhos tudo a pé... Não tem vergonha na cara não?” A cena jamais me saiu da retina.... 
Assim como o Eloi existem tantos personagens pitorescos como o Pelé que sempre está a espera de alguém que lhe conceda uns trocados. Outro dia ele estava na frente de um edifício aguardando uma pessoa que toda sexta-feira lhe repassa R$ 5,00 e como a mesma estava demorando, veja o comentário do Pelé para mim: “Oh do jornal tu vê já são quase 9 horas e a (......) ainda não desceu. Que coisa eu cheio de compromissos tendo que esperar”. Como diz o Tio Dino: tem que ter concurso. 
Pablo Neruda o maior poeta da America Latina, nasceu no Chile, escreveu que existem cenas que se eternizam e passam por nós e muitas vezes nos falta sensibilidade para observá-las.  
Quem não conheceu o saudoso o Mosquito? Ele contou-me que é filho adotivo e nasceu em Porto Alegre, seu padrasto trabalhava na Linha Férrea e veio para Campo Bom lá pelo final dos anos 50, quando Campo Bom havia se emancipado. A família do Mauro ou Mosquito se fixou às margens da estrada de ferro, ali onde hoje é a Casa do Agricultor na Avenida São Leopoldo, por ali, o padrasto do Mosquito tinha uma casinha de madeira. O Mosquito lembra que trabalhou nas fábricas de calçados nos anos 70 e 80, depois veio à dependência química e com ela as sequelas do uso destas substâncias nocivas a saúde. Esteve internado em vários centros de recuperação. Nos tempos do antigo Bar do Cinema, espaço que volto a dizer não podia ter fechado (deveria ter sido desapropriado em nome da história e da cultura desta terra e transformado em numa Casa de Cultura. Um dia próximo ao Bar do Cinema, Mosquito encontra Charles Kehl, o nosso ilustre amigo Chaleira e logo pede: “Oh seu Chaleira, não tem dois reais aí para tomar um café?”. Solicito como sempre, Chaleira leva a mão na carteira, mas alerta: “Vou te dar os dois pilas Mosquito, mas não vai tomar trago”.... Sorrindo, Mosquito com aquele olhar penetrante responde: “Fica frio Chaleira parei de beber, eu tô com fome, minha barriga tá roncando tanto que até parece que engoli um motoqueiro com moto e tudo”. Meia hora depois Chaleira segue pela Voluntários e vislumbra sabe quem? Quem? Mosquito na fila da Lotérica do Breno Thoen, indignado, Chaleira aborda o Mosquito e pergunta: “Pô Mosquito te dei  dois reais para o café e tu está aí na fila do jogo?” E aí vem a pérola, nosso herói  sorrindo, mas endurecendo sem jamais perder a ternura, ataca: “Bah Chaleira, tu não sabe que a Loto acumulou  e ai eu tô aqui jogando com os teus dois pilas, mas se eu ganhar, não te preocupa que a tua parte vai sair meu”. Outra cena poética  protagonizada pelo Mosquito aconteceu no Natal da Integração de 2002.  Todos na praça que é Largo e este escriba cobrindo o evento para um jornal da região, ali quase 10 mil pessoas se abraçavam emocionadas com as luzes e os fogos e um cantor famoso aqui do Rio Grande do Sul entoava “Noite Feliz”... A canção melodiosa lembrando o nascimento do maior presente de Deus para a humanidade. Aos poucos vou deixando o Largo que é praça ou é o inverso? Não importa. a canção ao fundo, atravesso a Adriano Dias cuidando da máquina do jornal e vejo Mosquito apanhando um cachorro quente, ou melhor o que sobrou de um cachorro quente numa lata de lixo em plena noite de Natal e aí fico observando, lentamente, Mosquito que foi batizado pelo nome de Mauro, senta junto a porta fechada da então Biblioteca embaixo da marquise, abre o pão e retira a salsicha e a seu lado um cãozinho, amigo inseparável, que atende pelo nome de Banzé se lambe e late num festejo. A cena não é observada por ninguém, pois os transeuntes passam e o Mosquito e o cão são como que invisíveis aos olhos. Na verdade todos nós muitas vezes estamos tão absortos que esquecemos de vivenciar o belo. Mosquito diz: “Tai Banzé, feliz natal para ti meu amigo”. Não pude conter a emoção e questionei: “Mosquito me responde uma coisa, por que tu deste a melhor parte do cachorro quente que é a salsicha para o Banzé?” E aí a resposta, meus amigos, fez este escriba chorar: “ Oh adventista para o melhor amigo a melhor parte. O Banzé cuida de mim, é um amigo de verdade”.... Dei um abraço no Mauro e desejei-lhe  feliz natal, não sem antes afagar o Banzé... No palco do Largo ou da Praça, o cantor dizia: “Como é que Papai Noel não se esquece de ninguém”. Natal de 2002, um natal inesquecível! 

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

A CAMISA DA ESPERANÇA (PAPAI NOEL EXISTE)

Corria o ano de 1975 e nós colonos perdidos no asfalto, vivíamos em Campo Bom o período de ouro das exportações de calçados. Viemos da roça em busca de dias melhores movidos pelo sentimento dos retirantes: a esperança. Em Campo Bom após alguns anos a família Wingert conseguiu adquirir a tão sonhada casa própria no bairro Rio Branco. Neste bucólico bairro eu e meus sobrinhos vivenciamos os melhores anos de nossas vidas. Vivíamos com extremas dificuldades, mas na beira do fogão a lenha a família estava unida, ouvindo ao anoitecer as histórias contadas pela avó e pelos pais. Nossa família sempre teve uma tradição colorada, aliás, os Wingert são colorados e os que não são tem que verificar porque talvez não sejam Wingert ou precisam  fazer terapia. Na década de 70 o Inter tinha um dos melhores times do mundo com Falcão, Figueroa, Manga, Flávio, Lula, Valdomiro e outros expoentes. Lembro que os natais em nossa casa sempre eram marcados pelo amor e união da família. Não fazíamos ceia com peru, mas o almoço de natal com bife, salada de maionese e uma “Coca família”, numa garrafa de litro era um verdadeiro manjar comprada no armazém do seu Moraes. Presentes eram raros em função das dificuldades, mas o natal de 1975 foi inesquecível, pois minha vó perguntou o que gostaríamos de ganhar e ouviu de mim e de meus dois sobrinhos (Laone e Everaldo) que queríamos muito uma bola número 5 e eu afirmei que gostaria muito de ganhar do Papai Noel a camisa número 3, a do Figueroa, o Laone pediu a número 8 do Caçapava e o Everaldo a número 5 do Falcão. Lembro que minha avó disse que era preciso sonhar e que talvez Papai Noel trouxesse tais presentes. Na véspera de natal na casa dos Wingert o ritual era o mesmo, minha mãe retirava do forno de barro os doces de natal e na mesa da cozinha sentávamos para ajudar a pintá-los. Um prato repleto de merengue e um copo cheio de confeitos tipo chumbinhos coloridos. Minha mãe passava o merengue branquinho com uma colher nos doces e nós polvilhávamos os doces com confeitos coloridos. Para nós eram verdadeiras obras de arte tipo os quadros de Picasso ou Portinari salvo é obvio as devidas proporções. A seguir os doces permaneciam na mesa até o amanhecer para secar. Mas naquele natal observei que minha vó não estava participando do ritual de pintar os doces e foi aí que ouvi um barulho vindo de seu quarto, tipo uma máquina de costura trabalhando. Disfarcei e me esgueirando pelo corredor da casa de madeira na Tapajós, aproximei-me do quarto da Vó Guina e olhando por uma fresta da porta, a vislumbrei junto à máquina de costura manual e sob luz de lamparina a costurar uma camisa. Uma camiseta!!! Meu coração acelerou, pois o número era o 3 e a camisa era vermelha. Fiquei ali aguardando astutamente a velha matriarca virar a camiseta e costurar o distintivo do Sport Club Internacional. Naquele instante descobri que Papai Noel existia sim, e não era só um, era vários. Papai Noel era o meu pai, minha mãe, meus irmãos mais velhos, minha vó e minha cunhada, pois aqueles presentes eram fruto do sacrifício de cada um deles. Fui dormir feliz porque o natal de 1975 foi o melhor natal de todos os tempos, principalmente porque estávamos todos juntos. No dia seguinte munidos da bola número 5 e das camisetas do Colorado, eu e meu sobrinhos desafiávamos os meninos gremistas do Morro a um embate no campinho próximo a casa. A camiseta do Figueroa, a monumental número 3 tinha um sentido de natal que na verdade é o sentido de amor, esperança, fé e sacrifício de uma família. Papai Noel existe: é vermelha usa camisa 3 e foi o melhor zagueiro do mundo. * Jair Wingert; jornalista.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

MARCAÇÃO DE CONSULTAS POR TELEFONE

Matéria veiculada no jornal Repercussão de 10 de dezembro de 2015.

Bandeira de luta do vereador Jair Wingert está se tornando realidade.

O vereador Jair Wingert (PSB) está exultante com a ação da Prefeitura de Campo Bom atendendo uma antiga reivindicação no sentido da marcação de consultas seja realizada por telefone ou internet. O vereador já encaminhou o pedido para o prefeito Faisal karam (PMDB) para este sistema fosse implantado, inclusive Wingert esteve em Canoas estudando o funcionamento deste sistema que já existe na cidade da região metropolitana. O vereador do PSB, destaca que filas são coisas do passado. “As filas pela madrugada, causam problemas a comunidade, sem contar o medo dos assaltos, a chuva e o frio, isso é algo muito ruim. Precisamos criar mecanismos que beneficiam as pessoas. A marcação por telefone ou internet é um método moderno”, afirma Jair Wingert.

Àgua mole em pedra dura tanto bate até que...
Agora a Prefeitura anunciou que os Postos de Saúde dos bairros 25 de Julho e Porto Blos as consultas serão marcadas por telefone a partir de 2016. O vereador avalia que é um avanço e quem sabe um laboratório para implantar este sistema de marcação de consultas. “Fico feliz pois o prefeito Faisal dentro do espirito republicano demonstra sintonia com os anseios da comunidade e pode ter certza que a marcação por telefone ou internet vão melhorar a qualidade de vida da comunidade e via dar certo. Tomara que em breve todas as unidades de saúde tenham este sistema”, conclui Jair Wingert.
Vereador Jair Wingert é autor da sugestão da marcação de consultas por telefone ou internet em Campo Bom.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

FERNANDO FERRARI: UMA ESCOLA FORMADORA DE PENSADORES


Jornalista Jair Wingert participou como avaliador da Mostra de Projetos do “Ferrari”

Sempre estudei em escolas públicas e defendo a educação pública de qualidade e com educadores bem remunerados, respeitados e que recebam em dia (não parcelado). Assim como Leonel Brizola, aquele herói enlouquecido de esperança que ao lado de Darcy Ribeiro construiu no Rio de Janeiro, os Brizolões; escolas em turno integral onde as crianças chegavam pela manhã tomavam café, estudavam, almoçavam, participavam de oficinas de teatro, musica, esportes, pintura, literatura, cursos profissionalizantes, faziam um lanche, tomavam banho e jantavam. Este modelo vitorioso no qual havia 500 escolas, hoje se mostrou que o velho e bom Brizola tinha razão, porém os governos que sucederam Brizola trataram de acabar com as escolas em turno integral, sabe por que? Aplica-se a lei de Adroaldo (Adroaldo Guerra Filho - Guerrinha), estava dando certo. E para as elites dominantes deste país não é interessante que filho de pobre estude, porque é mão de obra barata. Hoje no Rio de Janeiro onde existe um “Estado” paralelo onde o narcotráfico e o crime organizado dominam, a sociedade organizada chegou a conclusão de que os Brizolões deveriam ter sido ampliados e multiplicados. A educação é a única ferramenta capaz de mudar vidas e transformar pessoas de coadjuvantes a agentes de transformação da história. Protagonistas de um novo tempo, onde o homem seja fraterno e bondoso, mas acima de tudo comprometido com a cultura da paz!
Hortas Comunitárias foi um dos projetos apresentados pelos alunos da escola pública estadual Fernando Ferrari.
Educação como instrumento de transformação
Pois a midia corporativista e a serviço do status quo não enfatiza as nobres e grandes experiências vivenciadas nas escolas públicas, pelo contrário o que é noticia são os aspectos negativos, brigas, falta de estrutura e outras mazelas inerentes da sociedade contemporânea, mas as grandes experiências são relegadas a um plano secundário. Pois na semana passada, mais precisamente em 04 de dezembro ganhei o dia e empolgado conclui: a Escola Estadual Fernando Ferrari de Campo Bom é uma oficina de cidadania plena. Primeiro: a acolhida que tivemos como avaliador no Polivalente, sim porque sou do tempo em que o Ferrari era o Polivalente. O clima de alegria, esperança e integração envolvendo professores e alunos era contagiante. A fidalguia que fomos recebidos pela diretora, a educadora Mara e pelo vice-diretor, o educador Clodomir pelos educadores – Geni Copini, Daniela, Paulo Orsi e Patrícia nos deixou encantado. No brilho do olha de cada educador eu vi esperança de quem faz da educação um sacerdócio. A alegria, o sorriso e burburinho jovial dos garotos e garotas embelezavam o ginásio de esportes do educandário onde os “Cidadãos do Amanhã” participaram da Mostra de Projetos 2015 que aconteceu de 03 a 04 de dezembro. Fiquei impressionado com os trabalhos apresentados pelos alunos de uma escola pública. Que maravilha! Que qualidade!. Os quatro trabalhos que fui avaliador me deixaram com a certeza de que esta geração será precursora de um mundo melhor com ênfase na sustentabilidade. Avaliamos – Gerador Humano; trabalho que surgiu a partir de um problema enfrentado pela escola, onde os garotos decidiram implantar placas piezoeletricas nas escadas da escola. A meta é gerar energia capaz de garantir o funcionamento dos bebedouros de água. O projeto de segurança na escola também surgiu a partir de pesquisas internas e a busca de soluções que culminou com a contratação de um monitor que trouxe melhorias e mais segurança a aluno, servidores e educadores. Já o terceiro projeto era o Telhado de Vidro que vem ao encontro da sustentabilidade. Este projeto habilmente explanado por um entusiasmado aluno que destacou a importância deste projeto o qual diminui em três, quatro graus o clima interno das residências. Em se tratando de Campo Bom o projeto é salutar, pois somos a cidade mais quente do Rio Grande do Sul. O quarto projeto avaliado foram os Canteiros Comunitários, onde uma menina com conhecimento de causa explanou sobre o projeto, destacando a importância de criar canteiros em pequenos espaços canteiros com verduras, legumes e temperinhos, tudo sem agrotóxico. Unindo o útil ao agradável em pequenos espaços, inclusive em apartamentos é possível produzir alimentos saudáveis. Também vale enfatizar os trabalhos sobre madeira de plástico e o importantíssimo projeto sobre animais abandonados, aliás, Campo Bom carece de um projeto mais palpável e eficiente que solucione este caos social e de saúde pública que se encontra o nosso município. Confesso: fiquei feliz em participar desta Mostra de Projetos e ser lembrado como avaliador. A Escola Estadual Fernando Ferrari é fomentadora de ações que estão contribuindo para a formação do novo homem. O Ferrari vem formando pensadores e não meros repetidores de informações. Ao término da avaliação segui pela Avenida São Leopoldo pilotando o “Bat Móvel” em direção ao centro da cidade e no coração a certeza: a escola pública é uma ferramenta poderosa de transformação, porque um outro mundo é possível, mas para isso é preciso que se multiplique a mágica presença de educadores apaixonados e que brilha nos olhos a esperança e como afirma o mestre Rubem Alves: “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” -
*Texto: Jair Wingert; jornalista – Reg. Prof. no MTb/RS – 10.366
Certificado e cracha da Mostra de Projetos do Ensino Médio Politécnico 2015.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TIO DINO E AS GURIAS PELADAS

Lá em Morungava, aliás, uma das regiões mais bonitas do Brasil, com cascatas, paisagens bucólicas e um povo hospitaleiro. As vezes fico pensando se Morungava tivesse mantido  toda sua extensão territorial seria dificil de administra. Para ter uma ideia, Morungava iniciava próximo de Mostardas e seguia até a Praia dos Ingleses em Santa Catarina, porém com o passar dos anos fomos dando emancipação numa boa para nossos vizinhos. Inclusive aquele local onde nasceu a Elizéia “Picada São Jacó” ou Linha São Jacó, perto de Torres, este lugar era de Morungava e tenho minhas dúvidas se a Elizéia ao nascer, a localidade ainda não pertencia a Morungava, portanto, a mãe do Artur é Morungavense. Sabe estas cidades – Taquara, Glorinha, Gravatai, Alvorada, Cachoeirinha, fazem parte da região Metropolitana da grande Morungava. 
Mas vamos ao que interessa lá pelos anos 70 muitos bichos grilos (só meu... paz e amor malandro. Vou apertar  mais não vou acender agora) se deslocavam para Morungava onde acampavam e faziam uma “fumaceira”, assando carne. A erva rolava a vontade...  nas rodas de chimarrão. Erva Mate Cultivada que patrocinava junto com a Infalivina e Totalex; remédio para bicha, para ai, não me venha com homofóbico, remédio para vermes, pois lá em Morungava  chamávamos de “bicha” ou lombriga, pois estes produtos eram patrocinadores do programa Teixeirinha e Mary Teresinha. Aos finais de semana a magrinhagem vinha fazer a cabeça em Morungava e um dos locais preferidos era o sitio do tio Dino. A noite quando batia aquela “ larica” os magrão e as magronas compravam  pães de milho feitos pela tia Miúda, linguiça, beju, broa de polvilho, rosca, ambrosia e leite... O açude grande nos dias quentes era um recanto paradisíaco. Este açude ficava no fundos do sitio. Num sábado a tarde veio um grupo só de gurias de Porto Alegre que lotaram uma Kombi e acamparam  lá no capão nos fundos perto do açude. A tardinha tio Dino tomou uma cesta para aproveitar o passeio e colher umas frutas pelo caminho... Ao aproximar-se do lago, ouviu vozes animadas. Viu o grupo de gurias que se banhavam completamente nuas. Tudo bunda branca! Ao vê-lo, todas foram para a parte mais profunda do lago, mantendo apenas a cabeça fora da água. Uma das magronas  gritou: - “Não sairemos enquanto o senhor não se afastar! O senhor veio nos espiar tomando banho peladas?” O velho Dino mais esperto que as cobras e mais ligeiro que turco mascate foi avisando as tchangas: “Eu não vim até aqui para vê-las nadar ou sair nuas do açude!” Levantando o cesto, disse para as gurias bundas brancas da capital: - “Estou aqui para alimentar os crocodilos...”.... Foi um rufão de guria pelada correndo para as barracas. Nunca mais apareceram por lá. Ué porque será?
Moral da história segundo a filosofia morugavense: idade, experiência e ofício, sempre triunfarão sobre a juventude e o entusiasmo. 

Tem que ter concurso!
100% Morungava!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

VEREADOR RECEBE VISITAS EM SEU GABINETE

"Amigos são anjos disfarçados que chegam para nos ajudar a continuar a caminhada”

O vereador Jair Wingert pautado em sua filosofia de trabalho que é o compromisso com a comunidade vem atendendo a comunidade em seu gabinte, bem como, através do gabinete itinerante nos bairros e das visitas diárias que realiza nos bairros da comunidade. Esta semana o vereador Jair Wingert (PSB) recebeu a visita de Junior Lopes da Rosa e de Ezequiel Duarte que além de conhecer o gabinete socialista no Legislativo apresentaram sugestões para a cidade, bem como, dialogaram sobre a eleição do próximo ano, eleição da Mesa da Câmara de Vereadores entre outros assuntos. O vereador Jair Wingert afirmou estar honrado com a visita dos amigos e salientou: “Nossa ganhei o dia ao receber a visita do Zéca (Ezequiel) que foi colega de Emilio Vetter no Rio Branco. Um amigo de fé e que infância muitas vezes além de jogar futebol repartiamos a merenda, pão com chimia que era armazenado num saquinho de Cristalçúcar. O Ezequiel é filho do seu Percinica e me repassou algumas sugestões para o mandato”, observa Jair Wingert.

Eu agradeço aos amigos da terra e do céu, porque ninguém faz nada sozinho”

Também tive a alegria de receber em nosso gabinete o amigo de fé, Juninho da Rosa, liderança da Santa Lúcia e Jardim do Sol. Aliás, o Juninho é um grande amigo, pessoa leal e que sempre foi parceiro nos momentos bons e ruins. Amigos são anjos disfarçados que chegam para ajudar nossa caminhada. E o que seria da vida sem a presença dos amigos? O mundo sem os amigos seria como o céu sem a mágica presença das estrelas”, filosofa o vereador que conclui: “Para nós receber amigos, dialogar e ouvir sugestões para a cidade é uma satisfação. Nosso mandato está de portas abertas para a comunidade e prontos para ouvir sugestões, orientações e até criticas construtivas. Fomos eleitos para trabalhar pela comunidade. O objetivo do nosso mandato é ampliar o diálogo com todos os setores da sociedade organizada e radicalizar a democracia participativa”, finaliza Jair Wingert (PSB).

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

MORUNGAVA EM DOSES HOMEOPÁTICAS - PARTE II - DR. PLACENTA E O PADRE REÜS.

Lá em Morungava dificilmente alguém morre de problemas cardíacos e sabe qual o segredo deste feito? As pessoas de Morungava não tem pressa. Fala mansa, tranquilidade e o consumismo passa longe principalmente os nativos do lugar. A ciesta depois do meio dia, o sorriso largo. O Morungavense quando passa por ti te cumprimenta, tira o chapéu e o aperto de mão é forte. Coisas de Morungava , um pedacinho de chão onde a paz impera. 
Pois dentre as muitas histórias que tio Dino me contava no galpão a beira do fogo de chão, aliás, adorava nas noites de sexta-feira ficar junto do galpão ouvindo os causos dos antigos. O chimarrão corria de mão em mão num ritual essencialmente democrático, enquanto a carne era assada com lenha e os espetos de camboin e ao invés de sal grosso; salmoura. Tio Dino num ritual  “benzia” a carne com galhos de bergamoteira. Na verdade embebecia os galhos na salmoura e batizava a carne. Amava sentar ao pé do fogo e atento ouvia as histórias  destes Confúcios galponeiros que estão de bota e bombacha nos galpões da nossa pátria; o Rio Grande. 
Tio Dino contava que nos anos 60 um sujeito metido a esperto comprara uma moto que na época se chamava motociclo. O sujeito de nome  Almiro se gabava de não ter carteira  de motorista e andava por todos os lugares. Um dia  quando se deslocava para Taquara que assim como Gravataí faz parte da Grande Morungava, vislumbrou de longe uma barreira da Policia Rodoviária. Esperto como mascate turco, Almiro engendrou um plano, desceu da moto e uns quinhentos metros veio empurrando a “bichinha”. Quando chegou perto da barreira, o policial perguntou: “Problemas na moto amigo?”. Almiro respondeu de pronto: “Não seu guarda é fé mesmo. Fiz uma promessa que se conseguisse comprar uma moto pagaria uma promessa, empurrando a moto até o Padre Reüs em São Leopoldo”. O policial bem católico se emocionou e mandou Almiro seguir adiante e nem pediu documentos, nem carteira de motorista. Para manter a cena, Almiro seguiu pela faixa empurrando a moto. Quando pensou em sentar na moto e seguir para Taquara, a viatura da Policia Rodoviária encosta e o policial com os olhos marejados desce e diz: “Olha contei teu caso para meu superior pelo rádio e ele me autorizou te escoltar até o Padre Reüs. Pode seguir que estamos juntos”, disse o policial.
A outra história é referente ao  Paulo Lagarto, sujeito que  adorava praticar pequenos furtos. O prazer do Lagarto era roubar uma enxada, um balde, um arreio de cavalo, uma galinha, um garrafão de vinho. O que deixasse na reta, o Lagarto levantava. 
Um dia o Lagarto roubou um violão do Dr. Placenta, explico, o médico se chamava Onofre e era tão feio que o pessoal brincava  que a parteira teria jogado a criança fora e criado a placenta e ai ficou Dr. Placenta.  Pois o dizem que o Dr. Placenta andou com dois meses de idade, porque ninguém queria pega-lo no colo. O Dr. Placenta levou o caso do roubo do violão ao delegado Duarte. Na delegacia o delegado chamou cinco testemunhas. Todos sabiam que o Lagarto tinha roubado o violão. O Delegado Duarte habilidoso policial e nos domingos centromédio do time do Morungava perguntou as testemunhas: “Vocês viram o seu Paulo que atende pela alcunha de Lagarto roubar o violão do Dr. Onofre?”. Todas as testemunhas foram unânimes em dizer que não viram, mas que sabiam que era o Lagarto autor do delito. Delegado Duarte experiente, coçou o queixo e disse: “Olha se não tem provas não posso prender o seu Paulo” e olhando para o acusado que estava de olhos arregalados afirmou peremptoriamente: “O senhor seu Paulo está absolvido entendeu?” questionou o delegado. “Absolvido Dr. Duarte, mas  e dai eu devolvo o violão ou não?” Perguntou Paulo Lagarto que ficou duas  semanas no xilindró. Tem que ter concurso – 100% Morungava.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

MORUNGAVA EM DOSES HOMEOPÁTICAS (parte I): "ESTES SÃO OUTROS 500"

Vista aérea de Morungava
Morungava é um dos lugares mais bonitos do mundo. Cascatas belíssimas, sítios de lazer, fábrica de farinha e a hospitalidade de um povo que não tem pressa e portanto vive mais. 
Cascata de Morungava
O Dr. Domênico de Masi, italiano  que defende o Ócio Criativo deveria conhecer Morungava  e quem sabe  transformá-lo num laboratório. Estrada de chão batido com flores do campo serpenteando o caminho e uma orquestra de  passarinhos, tendo como pano de fundo o imponente Morro do Itacolomi. Os finais de tarde são mágicos e nestas épocas do ano que antecede os finados sopra um vento vindo da praia o tempo todo. Pois lá em Morungava vive um centauro do Rio Grande, o velho tio Dino firme, forte e rijo como pescoço de corvo. E dentre as muitas histórias envolvendo tio Dino separei duas interessantes que vão te fazer se mijar de tanto rir. Vou escrevê-las em duas partes, ou seja, em doses homeopáticas. 
Lá em Morungava assim como em todas as cidades existe os velhacos, calaveiras, caloteiros... Em Campo Bom, eu conheço uns quantos com nome e sobrenome, alguns até da alta classe. Em  1967 nos tempos  bicudos onde muita gente sucumbia nos porões do DOI-CODI e outras sumiam num rabo de foguete. Tempos em que a esperança andava na corda bamba no solo do Brasil. Nesta época o maior calaveira do Morungava  era o  Aércio do Pó. Alguns afirmam que o nome seria Laercio porém o pai embriagado não se fez entendido pelo escrivão do Cartório, já o do pó não tem nada a ver com Minas Gerais, explico: a  chácara onde Aércio morava ficava num grotão perto da estrada do cemitério que era conhecida como estrada do Pó em função da poeira terrível. 
Igreja Católica de Morungava
Pois num belo dia de primavera com os jasmins dando um perfume  magistral pelas estradas, Aércio chegou na porta da Igreja e perguntou ao padre Albano: “Padre  vou viajar semana que vem para Cacequi, por uma causa o senhor não guardaria para mim 500 mil cruzeiros até eu voltar?” O padre Albano, italiano gente muito boa  afirmou: “Claro meu filho, pode trazer o dinheiro que guardo para ti com maior satisfação”. Havia além do tio Dino, mais umas dez pessoas que ouviram a conversa. Só que o Aércio que  era um baita mentiroso e caloteiro não entregou dinheiro algum ao pároco. No mês seguinte ao voltar de Cacequi chegou a cavalo na frente da Igreja e foi intimando o padre: “Seu padre voltei de viagem e vim pegar meus 500 mil cruzeiros que pedi para o senhor guardar” O padre Albano  retrucou: “Olha seu Aércio, o senhor disse que iria deixar, mas não me entregou dinheiro algum”. O Aércio acostumado a mentir inclusive em debates, putz estou misturando as histórias. O Aércio do Pó que não é de Minas, mas de Morungava engrossou: “Olha seu padre se o senhor esqueceu não quero saber. Preciso dos meus 500 mil cruzeiros”. O padre  italiano, mais vermelho que a camisa do colorado e mais bravo que marimbondo cutucado por taquara foi para o ataque: “Olha aqui seu Aércio não fiquei com teu dinheiro. Tu estás enganado”. O caloteiro Aércio mais uma vez disse: “Olha padre se o senhor está caduco não sei, mas pedi para o senhor ficar com os meus 500 mil cruzeiros e aqui tem gente que estava na frente da Igreja no dia que lhe pedi este favor. Tem gente de prova, portanto quero os meus 500 mil cruzeiros”.  Chegando na frente da Igreja,  Artidor de Souto que era um dos grandes fazendeiros de Morungava e só perdia em terras para o tio Dino que tinha muita terra (embaixo das unhas), vendo o constrangimento do padre Albano Luzzatti e sabendo da fama do Aércio do Pó gritou de cima do cavalo: “O Aércio tu não deu os 500 mil cruzeiros para o padre, tu deu para mim guardar”. O Aércio do Pó olhou para o fazendeiro e não titubeou: “Seu Artidor estes são outros 500, agora eu quero o que deixei com o padre”.  Tem que ter concurso – 100% Morungava. 

Morungava também é ciência
Canela: é um órgão do corpo que serve para encontrar móveis no escuro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

GRANDE VITÓRIA DA SOLIDARIEDADE



Quelin com o pequeno Cristopher nos braços ao lado das doações da comunidade que atendeu ao chamado da Corrente de Fé e Solidariedade.
O ser humano é bom. Existe pessoas que são sensíveis, generosas e  dão exemplo de solidariedade e as vezes não são  nem de Igreja, mas  dão exemplo para muitos  que se “acham” os donos de Jesus. Uma vez Cristo o nosso Mestre  disse: "Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mateus 25: 31 a 46).
“O amor e a solidariedade  mudam vidas”
Pois mais uma  vez nós mobilizamos a Corrente de Fé e de Solidariedade criada em 1994 por este jornalista, formada por homens e mulheres de bom coração e sem preconceito e que ao longo de várias décadas vem ajudando muitas pessoas. Nosso lema: mudando o mundo, uma vida de cada vez. Na  quinta-feira desencadeamos uma campanha para auxiliar a Quelin uma jovem  que perdeu  praticamente tudo na  forte chuva de quarta-feira a noite. A Quelin e o esposo Janderson residem naquela área do Rio Branco, antigo trecho da Rua dos Andradas que  teve dezenas de casas alagadas pelo temporal. Muita tristeza, destruição e desolação. Além do pequeno Cristopher de apenas três meses, o casal ainda tem mais duas meninas, uma de 8 anos e outra de 2 anos de idade. Trabalhadores eles lutam para sobreviver. Moram numa área de risco não porque querem, mas porque necessitam , pois os alugueis e terrenos em Campo Bom são a peso de ouro (Euro). Pois o caso nos tocou profundamente como cidadão e jornalista e lançamos uma campanha no face e  não deu outra, conseguimos arrecadar muitos alimentos, roupas e  quase 200 fraldas descartáveis. Também um bercinho foi doado e um colchão de casal  que será entregue a família neste domingo. 
Fico emocionado pois a comunidade mais uma vez respondeu ao nosso chamado. As pessoas são solidárias nos momentos de dificuldades e crises. As doações vieram de amigos e amigas de fé que preferem o anonimato, alguns até de bem longe... Só temos a agradecer, do fundo do coração e dizer a você que se prontificou a ajudar, alguns até a gente pediu para dar uma segurada para outra campanha que porventura virá. Você que auxiliou, você que não pode ajudar, mas orou por estas famílias, especialmente pela família do pequeno Cristopher que a água levou até sua mamadeira, mas não levou de seus pais a esperança de viver e de sonhar. 
O que existe de mais importante em uma cidade são as pessoas! A família do Cristopher, sua mãe Quelin, seu pai Janderson e mais as duas manas estão juntos e cheios de esperanças, mas sobretudo gratos pela bondade humana. 
A você que atendeu o chamado: muito obrigado e que DEUS abençoe você na sua caminhada. Obrigado aos amigos da terra e do céu, porque eu sei que ninguém faz nada sozinho e não esqueça:  Solidariedade não tem religião. Somos anjos de uma asa só, precisamos nos encostar uns nos outros para poder voar!
Jair Wingert; jornalista e criador da Corrente de Fé e Solidariedade.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

VEREADOR JAIR É SOLIDÁRIO COM AS FAMÍLIAS DO RIO BRANCO

Água do arroio Quatro Colônias  inundou as casas do antigo trecho da  Andradas
O vereador do PSB, Jair Wingert durante a quinta-feira (22.10) esteve presente junto aos moradores que vivem  no antigo trecho da Rua dos Andradas e que tiveram suas casas invadidas pelas água do Arroio Quatro Colônias.  Desde o ano 2002 já é a quarta ocasião que a água causa estragos. Neste local existe um problema de politica habitacional. A área é irregular, porém existe dois moradores que  tem escrituras dos lotes, o restante não possui  escritura. Existe tratativas por parte do Poder Público para que estas famílias sejam  colocadas em um loteamento do municípios. A chuva torrencial que desabou sobre Campo Bom na noite de quarta-feira (21.10) trouxe, medo, desespero e pânico aos moradores. Muitos perderam roupas, móveis, eletrodomésticos e outros utensílios. A água  chegou com muita força, trazendo galhos, entulhos e lixo que trancaram o escoamento  em uma galeria que passa por baixo da Rua dos Andradas causando o efeito “rebote” da água, alagando casas e pátios. Os moradores revoltados com a situação e exigindo  uma solução para o impasse realizaram um protesto trancando a Rua dos Andradas onde queimaram os  utensílios estragados pela água. Uma equipe da Secretaria de Obras esteve no local onde trabalhou para limpar as margens do arroio e desobstruir galhos e entulhos do leito do mesmo.
 
Jair Wingert está tentando agendar reunião urgente com Prefeitura e moradores
O vereador Jair Wingert que desde 2008 batalha por uma solução para este problema esteve no local, onde dialogou com a comunidade, orientou as famílias a procurar a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. O socialista foi bem claro: “Sou solidário com a causa de vocês e penso que este problema deve ser resolvido em conjunto e com vontade politica, mas acima de tudo com diálogo e entendimento. Me coloco no lugar das famílias que tiveram suas casas invadidas pela água. Agora o que é necessário é buscar uma posição por parte da Administração Municipal sobre qual o projeto existente para este povo da Andradas e que vive as margens do Quatro Colônias numa área de risco. São pais de família, gente como a gente, pessoas que tem sonhos, tem planos e que deve ser respeitadas antes de mais nada”, observa Wingert que segue sua avaliação: “Estamos tentando marcar uma reunião com o prefeito Faisal Karam e o secretário Francisco dos Santos Silva “Chico”, para sentar com este povo e juntos buscar uma solução, porque assim como está não dá para continuar. Acredito que  dentro de alguns dias uma reunião com todos os moradores seja agendada”, opina Jair Wingert (PSB).
O vereador Jair Wingert sempre presente, levou seu apoio e solidariedade aos moradores. O socialista está buscando agendar uma reunião com a  Prefeitura  e moradores.