segunda-feira, 30 de novembro de 2015

TIO DINO E AS GURIAS PELADAS

Lá em Morungava, aliás, uma das regiões mais bonitas do Brasil, com cascatas, paisagens bucólicas e um povo hospitaleiro. As vezes fico pensando se Morungava tivesse mantido  toda sua extensão territorial seria dificil de administra. Para ter uma ideia, Morungava iniciava próximo de Mostardas e seguia até a Praia dos Ingleses em Santa Catarina, porém com o passar dos anos fomos dando emancipação numa boa para nossos vizinhos. Inclusive aquele local onde nasceu a Elizéia “Picada São Jacó” ou Linha São Jacó, perto de Torres, este lugar era de Morungava e tenho minhas dúvidas se a Elizéia ao nascer, a localidade ainda não pertencia a Morungava, portanto, a mãe do Artur é Morungavense. Sabe estas cidades – Taquara, Glorinha, Gravatai, Alvorada, Cachoeirinha, fazem parte da região Metropolitana da grande Morungava. 
Mas vamos ao que interessa lá pelos anos 70 muitos bichos grilos (só meu... paz e amor malandro. Vou apertar  mais não vou acender agora) se deslocavam para Morungava onde acampavam e faziam uma “fumaceira”, assando carne. A erva rolava a vontade...  nas rodas de chimarrão. Erva Mate Cultivada que patrocinava junto com a Infalivina e Totalex; remédio para bicha, para ai, não me venha com homofóbico, remédio para vermes, pois lá em Morungava  chamávamos de “bicha” ou lombriga, pois estes produtos eram patrocinadores do programa Teixeirinha e Mary Teresinha. Aos finais de semana a magrinhagem vinha fazer a cabeça em Morungava e um dos locais preferidos era o sitio do tio Dino. A noite quando batia aquela “ larica” os magrão e as magronas compravam  pães de milho feitos pela tia Miúda, linguiça, beju, broa de polvilho, rosca, ambrosia e leite... O açude grande nos dias quentes era um recanto paradisíaco. Este açude ficava no fundos do sitio. Num sábado a tarde veio um grupo só de gurias de Porto Alegre que lotaram uma Kombi e acamparam  lá no capão nos fundos perto do açude. A tardinha tio Dino tomou uma cesta para aproveitar o passeio e colher umas frutas pelo caminho... Ao aproximar-se do lago, ouviu vozes animadas. Viu o grupo de gurias que se banhavam completamente nuas. Tudo bunda branca! Ao vê-lo, todas foram para a parte mais profunda do lago, mantendo apenas a cabeça fora da água. Uma das magronas  gritou: - “Não sairemos enquanto o senhor não se afastar! O senhor veio nos espiar tomando banho peladas?” O velho Dino mais esperto que as cobras e mais ligeiro que turco mascate foi avisando as tchangas: “Eu não vim até aqui para vê-las nadar ou sair nuas do açude!” Levantando o cesto, disse para as gurias bundas brancas da capital: - “Estou aqui para alimentar os crocodilos...”.... Foi um rufão de guria pelada correndo para as barracas. Nunca mais apareceram por lá. Ué porque será?
Moral da história segundo a filosofia morugavense: idade, experiência e ofício, sempre triunfarão sobre a juventude e o entusiasmo. 

Tem que ter concurso!
100% Morungava!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

VEREADOR RECEBE VISITAS EM SEU GABINETE

"Amigos são anjos disfarçados que chegam para nos ajudar a continuar a caminhada”

O vereador Jair Wingert pautado em sua filosofia de trabalho que é o compromisso com a comunidade vem atendendo a comunidade em seu gabinte, bem como, através do gabinete itinerante nos bairros e das visitas diárias que realiza nos bairros da comunidade. Esta semana o vereador Jair Wingert (PSB) recebeu a visita de Junior Lopes da Rosa e de Ezequiel Duarte que além de conhecer o gabinete socialista no Legislativo apresentaram sugestões para a cidade, bem como, dialogaram sobre a eleição do próximo ano, eleição da Mesa da Câmara de Vereadores entre outros assuntos. O vereador Jair Wingert afirmou estar honrado com a visita dos amigos e salientou: “Nossa ganhei o dia ao receber a visita do Zéca (Ezequiel) que foi colega de Emilio Vetter no Rio Branco. Um amigo de fé e que infância muitas vezes além de jogar futebol repartiamos a merenda, pão com chimia que era armazenado num saquinho de Cristalçúcar. O Ezequiel é filho do seu Percinica e me repassou algumas sugestões para o mandato”, observa Jair Wingert.

Eu agradeço aos amigos da terra e do céu, porque ninguém faz nada sozinho”

Também tive a alegria de receber em nosso gabinete o amigo de fé, Juninho da Rosa, liderança da Santa Lúcia e Jardim do Sol. Aliás, o Juninho é um grande amigo, pessoa leal e que sempre foi parceiro nos momentos bons e ruins. Amigos são anjos disfarçados que chegam para ajudar nossa caminhada. E o que seria da vida sem a presença dos amigos? O mundo sem os amigos seria como o céu sem a mágica presença das estrelas”, filosofa o vereador que conclui: “Para nós receber amigos, dialogar e ouvir sugestões para a cidade é uma satisfação. Nosso mandato está de portas abertas para a comunidade e prontos para ouvir sugestões, orientações e até criticas construtivas. Fomos eleitos para trabalhar pela comunidade. O objetivo do nosso mandato é ampliar o diálogo com todos os setores da sociedade organizada e radicalizar a democracia participativa”, finaliza Jair Wingert (PSB).

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

MORUNGAVA EM DOSES HOMEOPÁTICAS - PARTE II - DR. PLACENTA E O PADRE REÜS.

Lá em Morungava dificilmente alguém morre de problemas cardíacos e sabe qual o segredo deste feito? As pessoas de Morungava não tem pressa. Fala mansa, tranquilidade e o consumismo passa longe principalmente os nativos do lugar. A ciesta depois do meio dia, o sorriso largo. O Morungavense quando passa por ti te cumprimenta, tira o chapéu e o aperto de mão é forte. Coisas de Morungava , um pedacinho de chão onde a paz impera. 
Pois dentre as muitas histórias que tio Dino me contava no galpão a beira do fogo de chão, aliás, adorava nas noites de sexta-feira ficar junto do galpão ouvindo os causos dos antigos. O chimarrão corria de mão em mão num ritual essencialmente democrático, enquanto a carne era assada com lenha e os espetos de camboin e ao invés de sal grosso; salmoura. Tio Dino num ritual  “benzia” a carne com galhos de bergamoteira. Na verdade embebecia os galhos na salmoura e batizava a carne. Amava sentar ao pé do fogo e atento ouvia as histórias  destes Confúcios galponeiros que estão de bota e bombacha nos galpões da nossa pátria; o Rio Grande. 
Tio Dino contava que nos anos 60 um sujeito metido a esperto comprara uma moto que na época se chamava motociclo. O sujeito de nome  Almiro se gabava de não ter carteira  de motorista e andava por todos os lugares. Um dia  quando se deslocava para Taquara que assim como Gravataí faz parte da Grande Morungava, vislumbrou de longe uma barreira da Policia Rodoviária. Esperto como mascate turco, Almiro engendrou um plano, desceu da moto e uns quinhentos metros veio empurrando a “bichinha”. Quando chegou perto da barreira, o policial perguntou: “Problemas na moto amigo?”. Almiro respondeu de pronto: “Não seu guarda é fé mesmo. Fiz uma promessa que se conseguisse comprar uma moto pagaria uma promessa, empurrando a moto até o Padre Reüs em São Leopoldo”. O policial bem católico se emocionou e mandou Almiro seguir adiante e nem pediu documentos, nem carteira de motorista. Para manter a cena, Almiro seguiu pela faixa empurrando a moto. Quando pensou em sentar na moto e seguir para Taquara, a viatura da Policia Rodoviária encosta e o policial com os olhos marejados desce e diz: “Olha contei teu caso para meu superior pelo rádio e ele me autorizou te escoltar até o Padre Reüs. Pode seguir que estamos juntos”, disse o policial.
A outra história é referente ao  Paulo Lagarto, sujeito que  adorava praticar pequenos furtos. O prazer do Lagarto era roubar uma enxada, um balde, um arreio de cavalo, uma galinha, um garrafão de vinho. O que deixasse na reta, o Lagarto levantava. 
Um dia o Lagarto roubou um violão do Dr. Placenta, explico, o médico se chamava Onofre e era tão feio que o pessoal brincava  que a parteira teria jogado a criança fora e criado a placenta e ai ficou Dr. Placenta.  Pois o dizem que o Dr. Placenta andou com dois meses de idade, porque ninguém queria pega-lo no colo. O Dr. Placenta levou o caso do roubo do violão ao delegado Duarte. Na delegacia o delegado chamou cinco testemunhas. Todos sabiam que o Lagarto tinha roubado o violão. O Delegado Duarte habilidoso policial e nos domingos centromédio do time do Morungava perguntou as testemunhas: “Vocês viram o seu Paulo que atende pela alcunha de Lagarto roubar o violão do Dr. Onofre?”. Todas as testemunhas foram unânimes em dizer que não viram, mas que sabiam que era o Lagarto autor do delito. Delegado Duarte experiente, coçou o queixo e disse: “Olha se não tem provas não posso prender o seu Paulo” e olhando para o acusado que estava de olhos arregalados afirmou peremptoriamente: “O senhor seu Paulo está absolvido entendeu?” questionou o delegado. “Absolvido Dr. Duarte, mas  e dai eu devolvo o violão ou não?” Perguntou Paulo Lagarto que ficou duas  semanas no xilindró. Tem que ter concurso – 100% Morungava.