terça-feira, 27 de outubro de 2015

MORUNGAVA EM DOSES HOMEOPÁTICAS (parte I): "ESTES SÃO OUTROS 500"

Vista aérea de Morungava
Morungava é um dos lugares mais bonitos do mundo. Cascatas belíssimas, sítios de lazer, fábrica de farinha e a hospitalidade de um povo que não tem pressa e portanto vive mais. 
Cascata de Morungava
O Dr. Domênico de Masi, italiano  que defende o Ócio Criativo deveria conhecer Morungava  e quem sabe  transformá-lo num laboratório. Estrada de chão batido com flores do campo serpenteando o caminho e uma orquestra de  passarinhos, tendo como pano de fundo o imponente Morro do Itacolomi. Os finais de tarde são mágicos e nestas épocas do ano que antecede os finados sopra um vento vindo da praia o tempo todo. Pois lá em Morungava vive um centauro do Rio Grande, o velho tio Dino firme, forte e rijo como pescoço de corvo. E dentre as muitas histórias envolvendo tio Dino separei duas interessantes que vão te fazer se mijar de tanto rir. Vou escrevê-las em duas partes, ou seja, em doses homeopáticas. 
Lá em Morungava assim como em todas as cidades existe os velhacos, calaveiras, caloteiros... Em Campo Bom, eu conheço uns quantos com nome e sobrenome, alguns até da alta classe. Em  1967 nos tempos  bicudos onde muita gente sucumbia nos porões do DOI-CODI e outras sumiam num rabo de foguete. Tempos em que a esperança andava na corda bamba no solo do Brasil. Nesta época o maior calaveira do Morungava  era o  Aércio do Pó. Alguns afirmam que o nome seria Laercio porém o pai embriagado não se fez entendido pelo escrivão do Cartório, já o do pó não tem nada a ver com Minas Gerais, explico: a  chácara onde Aércio morava ficava num grotão perto da estrada do cemitério que era conhecida como estrada do Pó em função da poeira terrível. 
Igreja Católica de Morungava
Pois num belo dia de primavera com os jasmins dando um perfume  magistral pelas estradas, Aércio chegou na porta da Igreja e perguntou ao padre Albano: “Padre  vou viajar semana que vem para Cacequi, por uma causa o senhor não guardaria para mim 500 mil cruzeiros até eu voltar?” O padre Albano, italiano gente muito boa  afirmou: “Claro meu filho, pode trazer o dinheiro que guardo para ti com maior satisfação”. Havia além do tio Dino, mais umas dez pessoas que ouviram a conversa. Só que o Aércio que  era um baita mentiroso e caloteiro não entregou dinheiro algum ao pároco. No mês seguinte ao voltar de Cacequi chegou a cavalo na frente da Igreja e foi intimando o padre: “Seu padre voltei de viagem e vim pegar meus 500 mil cruzeiros que pedi para o senhor guardar” O padre Albano  retrucou: “Olha seu Aércio, o senhor disse que iria deixar, mas não me entregou dinheiro algum”. O Aércio acostumado a mentir inclusive em debates, putz estou misturando as histórias. O Aércio do Pó que não é de Minas, mas de Morungava engrossou: “Olha seu padre se o senhor esqueceu não quero saber. Preciso dos meus 500 mil cruzeiros”. O padre  italiano, mais vermelho que a camisa do colorado e mais bravo que marimbondo cutucado por taquara foi para o ataque: “Olha aqui seu Aércio não fiquei com teu dinheiro. Tu estás enganado”. O caloteiro Aércio mais uma vez disse: “Olha padre se o senhor está caduco não sei, mas pedi para o senhor ficar com os meus 500 mil cruzeiros e aqui tem gente que estava na frente da Igreja no dia que lhe pedi este favor. Tem gente de prova, portanto quero os meus 500 mil cruzeiros”.  Chegando na frente da Igreja,  Artidor de Souto que era um dos grandes fazendeiros de Morungava e só perdia em terras para o tio Dino que tinha muita terra (embaixo das unhas), vendo o constrangimento do padre Albano Luzzatti e sabendo da fama do Aércio do Pó gritou de cima do cavalo: “O Aércio tu não deu os 500 mil cruzeiros para o padre, tu deu para mim guardar”. O Aércio do Pó olhou para o fazendeiro e não titubeou: “Seu Artidor estes são outros 500, agora eu quero o que deixei com o padre”.  Tem que ter concurso – 100% Morungava. 

Morungava também é ciência
Canela: é um órgão do corpo que serve para encontrar móveis no escuro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

GRANDE VITÓRIA DA SOLIDARIEDADE



Quelin com o pequeno Cristopher nos braços ao lado das doações da comunidade que atendeu ao chamado da Corrente de Fé e Solidariedade.
O ser humano é bom. Existe pessoas que são sensíveis, generosas e  dão exemplo de solidariedade e as vezes não são  nem de Igreja, mas  dão exemplo para muitos  que se “acham” os donos de Jesus. Uma vez Cristo o nosso Mestre  disse: "Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” (Mateus 25: 31 a 46).
“O amor e a solidariedade  mudam vidas”
Pois mais uma  vez nós mobilizamos a Corrente de Fé e de Solidariedade criada em 1994 por este jornalista, formada por homens e mulheres de bom coração e sem preconceito e que ao longo de várias décadas vem ajudando muitas pessoas. Nosso lema: mudando o mundo, uma vida de cada vez. Na  quinta-feira desencadeamos uma campanha para auxiliar a Quelin uma jovem  que perdeu  praticamente tudo na  forte chuva de quarta-feira a noite. A Quelin e o esposo Janderson residem naquela área do Rio Branco, antigo trecho da Rua dos Andradas que  teve dezenas de casas alagadas pelo temporal. Muita tristeza, destruição e desolação. Além do pequeno Cristopher de apenas três meses, o casal ainda tem mais duas meninas, uma de 8 anos e outra de 2 anos de idade. Trabalhadores eles lutam para sobreviver. Moram numa área de risco não porque querem, mas porque necessitam , pois os alugueis e terrenos em Campo Bom são a peso de ouro (Euro). Pois o caso nos tocou profundamente como cidadão e jornalista e lançamos uma campanha no face e  não deu outra, conseguimos arrecadar muitos alimentos, roupas e  quase 200 fraldas descartáveis. Também um bercinho foi doado e um colchão de casal  que será entregue a família neste domingo. 
Fico emocionado pois a comunidade mais uma vez respondeu ao nosso chamado. As pessoas são solidárias nos momentos de dificuldades e crises. As doações vieram de amigos e amigas de fé que preferem o anonimato, alguns até de bem longe... Só temos a agradecer, do fundo do coração e dizer a você que se prontificou a ajudar, alguns até a gente pediu para dar uma segurada para outra campanha que porventura virá. Você que auxiliou, você que não pode ajudar, mas orou por estas famílias, especialmente pela família do pequeno Cristopher que a água levou até sua mamadeira, mas não levou de seus pais a esperança de viver e de sonhar. 
O que existe de mais importante em uma cidade são as pessoas! A família do Cristopher, sua mãe Quelin, seu pai Janderson e mais as duas manas estão juntos e cheios de esperanças, mas sobretudo gratos pela bondade humana. 
A você que atendeu o chamado: muito obrigado e que DEUS abençoe você na sua caminhada. Obrigado aos amigos da terra e do céu, porque eu sei que ninguém faz nada sozinho e não esqueça:  Solidariedade não tem religião. Somos anjos de uma asa só, precisamos nos encostar uns nos outros para poder voar!
Jair Wingert; jornalista e criador da Corrente de Fé e Solidariedade.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

VEREADOR JAIR É SOLIDÁRIO COM AS FAMÍLIAS DO RIO BRANCO

Água do arroio Quatro Colônias  inundou as casas do antigo trecho da  Andradas
O vereador do PSB, Jair Wingert durante a quinta-feira (22.10) esteve presente junto aos moradores que vivem  no antigo trecho da Rua dos Andradas e que tiveram suas casas invadidas pelas água do Arroio Quatro Colônias.  Desde o ano 2002 já é a quarta ocasião que a água causa estragos. Neste local existe um problema de politica habitacional. A área é irregular, porém existe dois moradores que  tem escrituras dos lotes, o restante não possui  escritura. Existe tratativas por parte do Poder Público para que estas famílias sejam  colocadas em um loteamento do municípios. A chuva torrencial que desabou sobre Campo Bom na noite de quarta-feira (21.10) trouxe, medo, desespero e pânico aos moradores. Muitos perderam roupas, móveis, eletrodomésticos e outros utensílios. A água  chegou com muita força, trazendo galhos, entulhos e lixo que trancaram o escoamento  em uma galeria que passa por baixo da Rua dos Andradas causando o efeito “rebote” da água, alagando casas e pátios. Os moradores revoltados com a situação e exigindo  uma solução para o impasse realizaram um protesto trancando a Rua dos Andradas onde queimaram os  utensílios estragados pela água. Uma equipe da Secretaria de Obras esteve no local onde trabalhou para limpar as margens do arroio e desobstruir galhos e entulhos do leito do mesmo.
 
Jair Wingert está tentando agendar reunião urgente com Prefeitura e moradores
O vereador Jair Wingert que desde 2008 batalha por uma solução para este problema esteve no local, onde dialogou com a comunidade, orientou as famílias a procurar a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. O socialista foi bem claro: “Sou solidário com a causa de vocês e penso que este problema deve ser resolvido em conjunto e com vontade politica, mas acima de tudo com diálogo e entendimento. Me coloco no lugar das famílias que tiveram suas casas invadidas pela água. Agora o que é necessário é buscar uma posição por parte da Administração Municipal sobre qual o projeto existente para este povo da Andradas e que vive as margens do Quatro Colônias numa área de risco. São pais de família, gente como a gente, pessoas que tem sonhos, tem planos e que deve ser respeitadas antes de mais nada”, observa Wingert que segue sua avaliação: “Estamos tentando marcar uma reunião com o prefeito Faisal Karam e o secretário Francisco dos Santos Silva “Chico”, para sentar com este povo e juntos buscar uma solução, porque assim como está não dá para continuar. Acredito que  dentro de alguns dias uma reunião com todos os moradores seja agendada”, opina Jair Wingert (PSB).
O vereador Jair Wingert sempre presente, levou seu apoio e solidariedade aos moradores. O socialista está buscando agendar uma reunião com a  Prefeitura  e moradores.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

JAIR WINGERT FOCADO NO OUTUBRO ROSA

Vereador ao lado de um símbolo da luta, resistência e vitoriosa contra a doença, a líder sindical Loeci Machado da Cohab Leste.
Vereador do PSB  esteve na Praça João Blos onde alertou a comunidade para a importância dos exames preventivos.

O vereador Jair Wingert (PSB) que tem como uma das bandeiras de lutas de seu mandato a prevenção ao câncer com ênfase ao câncer de mama, esteve na última segunda-feira na Praça João Blos com seu gabinete itinerante onde costumeiramente atende a comunidade nos bairros da cidade, porém o foco central desta feita no centro da cidade foi justamente a campanha de conscientização que o jornalista e vereador faz ao longo de vários anos, mesmo antes de ter sido eleito vereador.
Pelo terceiro ano seguido, o parlamentar esteve no centro de Campo Bom onde distribuiu cerca de 500 mudas de cravinas e crisântemos a população feminina. Junto da flor, o vereador entregou um folder onde alertava para a importância dos exames preventivos como a mamografia que em Campo Bom graças a vontade política do prefeito Faisal Karam é realizada em mulheres a partir dos 40 anos, contrariando a decisão equivocada do Ministério da Saúde que prevê que seja a partir dos 50 anos seguindo o modelo americano de prevenção.

“Mesmo antes de ser vereador já era parceiro da luta contra o câncer de mama. Faço parte da irmandade da dor”

O vereador dialogou com centenas de mulheres, jovens, idosas, comerciantes, sapateiras, donas de casa, estudantes, funcionárias públicas e para todas a palavra foi a mesma: “Tu estás em dia com os exames preventivos?” O vereador alerta que o câncer de mama é o segundo que mais mata no Brasil e que no Rio Grande do Sul os índices são assustadores. O vereador destaca que o caminho é a prevenção e que a consulta anual ao ginecologista, o auto-exame das mamas e a mamografia se a mulher possui mais de 40 anos e casos de câncer na familia, prática de atividades físicas orientadas, alimentação saudável, boas horas de sono, lazer e fé (parte espiritual), bem como saber perdoar são fundamentais para a saúde da mulher. “Um ação simples e singela mas que ajuda muito. Nestes três anos que a gente vem até a Praça e distribui as mudinhas de flores e os folderes  educativos, se uma pessoa ficou atenta e procurou o médico e diagnosticou a doença de forma precoce já valeu a pena. Independente de ser vereador, como jornalista e por ter vivido em casa um caso de câncer, me tornei parceiro nesta luta, através de palestras gratuitas, onde contamos um pouco do que é a luta contra câncer e como podemos evita-lo. Sempre fui parceiro  na luta contra o câncer de mama. A dor nos ensina a gemer e quem já fez parte da irmandade da dor sabe o que é esta doença”, salienta de forma emocionada o socialista que segue sua avaliação da ação na Praça: “Para mim foi um dia magnifico onde troquei muitos abraços e pude  fazer algo de bom para minha comunidade. Gosto de estar onde o povo está, não sou vereador de gabinete”, argumenta Wingert que conclui: “Dentre as muitas pessoas que ali estiveram na Praça João Blos, destaco a dona Loeci Machado da Cohab Leste que é uma vitoriosa, pois também venceu o câncer de mama e hoje segue apoiando e incentivando as lutas pela prevenção a esta doença. Tive a satisfação de receber da dona Loeci um abraço caloroso e o seu apoio”, destaca o vereador Jair Wingert (PSB).
Vereador Jair Wingert esteve na Praça João Blos alertando para a importância da prevenção ao câncer de mama. O parlamentar distribuiu mudas de flores as mulheres campo-bonenses.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

JAIR WINGERT NA LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA


Vereador Jair Wingert é um parlamentar engajado na luta e prevenção contra o câncer de mama. O vereador entregou ao presidene do legislativo, Alexandre Hoffmeister (PP) o laço rosa simbolo da campanha.

Socialista entregou laço rosa aos vereadores e servidores do Legislativo.
O vereador do PSB tem sua caminhada pautada em algumas bandeiras de lutas e uma delas é a questão da prevenção ao câncer patologia que anualmente mata milhares de mulheres e homens (raro, apenas 1%) no mundo inteiro. O vereador trabalha com ênfase na prevenção do câncer mama. O parlamentar socialista na segunda-feira entregou a todos os vereadores, assessores e funcionários do Legislativo o “laço cor de rosa” símbolo da campanha de prevenção ao câncer de mama – Outubro Rosa. O parlamentar também esteve no gabinete do presidente da Câmara de Vereadores, Alexandre Hoffmeister, onde entregou o laço rosa e destacou a importância desta campanha de prevenção. O vereador Jair Wingert (PSB) na tribuna do Legislativo fez um discurso forte destacando a relevâncias das ações preventivas e da ampliação das politicas públicas em defesa da saúde da mulher. O vereador alertou que o Rio Grande do Sul é o Estado com maior índice de câncer de mama e que o caminho é a prevenção através de exames como mamografia, a consulta anual por parte da mulher ao ginecologista e auto exame das mama. O vereador alertou ainda sobre o câncer de colo do útero outra mazela e que o exame pré-câncer deve ser realizado todos os anos. 

O câncer de mama diagnosticado precocemente aumenta em mais de 90% as chances de cura”

Jair Wingert que sempre esteve engajado nesta causa realizando campanhas e palestras salientou que este ano 57 mil casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil e 14 mil mulheres irão a óbito este ano em função do câncer. O socialista de forma efusiva observou: “Precisamos avançar mais em políticas de prevenção. Prevenir ainda é o caminho. O câncer de mama diagnosticado de forma precoce aumenta em mais de 90% as chances de cura. Campo Bom investe forte na prevenção, bem como, no apoio e tratamento das pacientes que já estão com a doença. Uma resolução baseada nos EUA e que o Brasil adotou de forma equivocada na qual determina que a mulher faça a mamografia a partir dos 50 anos. Não podemos nos basear na realidade dos EUA e da Europa, mas graças a Deus, o prefeito Faisal Karam demonstrando vontade política determinou que os exames sejam feitos em campo-bonenses a partir dos 40 anos”, destaca Wingert que seguiu sua linha de raciocínio: “Se existe casos na família a mulher deve estar sempre vigilante. Não podemos dar chances ao azar. Os homens devem incentivar sua companheiras, filhas, familiares, amigas a manter os exames em dia e visitar anualmente o ginecologista. Além do exame pré-câncer, mamografia, visita ao médico a mulher deve fazer o auto exame das mamas”, conclui o vereador Jair Wingert. (PSB).

Câncer de Mama: prevenção ainda é o melhor remédio

É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

Estimativa de novos casos: 57.120 (2015 - INCA)
Número de mortes: 14.388, sendo 181 homens e14.207 mulheres (2013 - SIM)
Atenção: As informações neste portal pretendem apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

Fatores de risco
O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença. 

Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva - Referem-se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido pelo próprio organismo ou consumido por meio do uso continuado de substâncias com esse hormônio. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos); primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade (não ter tido filhos); e uso de contraceptivos orais e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, especialmente se por tempo prolongado. O uso de contraceptivos orais também é considerado um fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora muitos estudos sobre o tema tenham resultados controversos

Fatores relacionados a comportamentos ou ao ambiente - Incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco de câncer de mama. Atualmente há alguma evidência de que ele aumenta também o risco desse tipo de câncer.
O risco devido à radiação ionizante é proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Fatores genéticos/hereditários - Estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença.

Prevenção
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados  modificáveis.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
A terapia de reposição hormonal (TRH), quando estritamente indicada, deve ser feita sob rigoroso controle médico e pelo mínimo de tempo necessário.  

Sintomas
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de alguns sinais e sintomas. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.
A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

Detecção Precoce
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.
É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica.
A orientação atual é que a mulher faça a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, como preconizado nos anos 80. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidas.
A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de rastreamento).
A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença.
Os benefícios da mamografia de rastreamento incluem a possibilidade de encontrar o câncer no início e ter um tratamento menos agressivo, assim como de menor chance de morrer da doença, em função do tratamento oportuno. A mamografia de rastreamento implica também em certos riscos que precisam ser conhecidos:
1) Resultados incorretos:
§ Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
§ Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
2) Sobrediagnóstico e sobretratamento: ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
3) Exposição aos Raios X (raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição).
A mamografia diagnóstica, com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.
A mulher que tem risco elevado de câncer de mama* deve conversar com o médico para avaliar a particularidade de seu caso e definir a conduta a seguir. Até o momento não há uma recomendação padrão para este grupo.
* Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de ovário; ou de câncer de mama em homem são consideradas de risco elevado para a doença.

Fonte: INCA.