segunda-feira, 2 de abril de 2012

TIO DINO E O CRACHÁ

O velho Arcedino Vieira Nunes nunca esteve nos bancos escolares, (ainda bem), porque mesmo tendo estudado só até o terceiro livro como ele costumava dizer, era mais ladino que cobra cruzeira e do que mascate ou cigano juntos. Tio Dino se fazia de morto para ralar o coveiro e de louco para andar de ambulância. Se um dia Morungava se tornar um Principado com certeza a família real vocês já sabem de que linhagem será. Já pensou eu recebendo um título de “Sir” Jair (Nunes) Wingert e sendo condecorado pelo Rei Dino I, sendo observado pelo Sarney o gato “ladrão” e pelo Surtão. Depois da condecoração, tomar chá das 4 com a Rainha Miúda, regado a broas de polvilho, cuca com nata, ambrosia e pão de milho com chimia. Crédo chegou a dar um ronco no “estrombo”. Veja bem, quando falo em Dino não tem nada a ver com o Dino aquele do “Você tem que me amar mamãe” E ufa, ainda bem que o meu primo que seria o sucessor no trono não se chama Fernando, porque como em Morungava todos tem apelidos, já pensou Rei Nando?  Lá havia um colono lindeiro as terras do tio Dino que era plantador de melancia, nós o chamávamos de seu Oscar Melância, depois de muitos anos e com orientação da Emater passou a plantar pepino e então  levava a alcunha de Oscar pepino. Agora soube pelo MSN através do tio Dino que seu Oscar esta pensando em investir em alho.... Mas vamos deixar de embromar e contar esta história que é a mais pura verdade. Tio Dino colorado roxo e Brizolista de quatro costados, só não era mais fanático que sinhá Emerenciana. Pois não é que no final dos anos 50, a UDN ganhou a eleição para prefeito por 6 votos, para desespero do velho Dino que fazia campanha para o PTB. Passada a eleição veio a perseguição política. O prefeito e o sub-delegado que eram udenista e óbvio Lacerdistas mandaram uma viatura da Policia até o sitio do tio Dino para encher o saco. O chefe da Policia no Morungava veio da capital, um almofadinha, cabelo com glostora, gravatinha preta, mais grauzento que o Renato Portalupi em dias de vitória. O tal guri da Policia chegou no sitio pilotando DKW novinha e sem mesmo cumprimentar os tios foi logo dizendo:  “Preciso inspecionar sua fazenda por plantação ilegal de maconha! Tio Dino precavido pois sabia que aquela visita havia sido encomendada pelo lazarento do prefeito Artidor Ornellas, calmamente respondeu ao guri da cidade: “Tudo bem, mas não vá naquele campo ali” diz, apontando para uma área cercada. Porém o engomadinho se mostrando que era “otoridade”, bem galo disse: “O senhor sabe que tenho o poder do governo municipal comigo?”  e tira do bolso um crachá mostrando ao tio Dino. “Este crachá me dá a autoridade de ir onde quero... e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Fiz-me entender?”, perguntou o guri da cidade. Tio Dino todo educado pede desculpas e volta para o que estava fazendo. Poucos minutos depois tio Dino, tia Miúda e os empregados ouvem uma gritaria e vê o oficial da Policia  correndo para salvar sua própria vida perseguido pelo Santa Gertrudes, o maior touro da fazenda e que tio Dino havia comprado lá no Monjolo de um tal de Antônio Selistre. A cada passo o touro vai chegando mais perto do oficial, que parece que será chifrado antes de conseguir alcançar um lugar seguro. O oficial está apavorado. Tio Dino larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões: “Seu crachá! Mostre o seu CRACHÁ!”.  A gente da  cidade é grossa uma barbaridade.                  Tem que ter concurso – 100% Morungava.

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