segunda-feira, 11 de junho de 2012

O EXÉRCITO DE ZUMBIS

O caminho passa pela educação, esporte e a criação de Centros Públicos Municipais de Tratamento de Dependentes Químicos

Num muro da cidade, num prédio abandonado a frase escrita em letras vermelha “se maconha fosse bala, maconheiro fosse fuzil na guerra Campo Bom defenderia o Brasil”. A frase poderia ser escrita no muro de Sapiranga, Novo Hamburgo, ou Garanhuns em Pernambuco. A verdade é que as drogas são uma epidemia mundial, principalmente o crack que assola as cidades, dilacera famílias e ceifa vidas jovens que perambulam como zumbis; verdadeiros mortos vivos nas cracolandias da grande aldeia global. Um exército de doentes que precisam ser tratados como doentes. As drogas e os “craqueiros ou pedreiros” são um caso de saúde pública e não de policia. Os delitos cometidos em Campo Bom e região, podem ter certeza que 90% estão associados ao consumo de drogas. A violência aumenta e campeia solta para sustentar este exército de zumbis. Junto com as drogas estão as irmãs univitelinas:  a violência, a prostituição e  outras atrocidades. Nós enquanto sociedade necessitamos enfrentar esta epidemia. O pleito de outubro próximo passa  impreterivelmente pela discussão deste tema. Na agenda de debates dos candidatos  a prefeito e vereadores das cidades do Vale deverá constar este grande debate. È imperioso que nós enquanto sociedade organizada venhamos  buscar alternativas para equacionar esta mazela social. Precisamos fazer uma cruzada cívica, pelos bairros, escolas, igrejas, associações, clubes de serviço e empresas alertando as famílias, os jovens para o perigo do consumo de drogas. As drogas são um caminho que na maioria das vezes termina  na Metzler (Cemitério) ou em Charqueadas (Pasc). As famílias precisam conhecer o inimigo que estão enfrentando.  A questão drogas também é um caso de educação, ou melhor é preciso investir pesado em projetos educacionais no chamado contra-turno ou turno oposto, ocupando as crianças o dia inteiro em oficinas de cidadania. Alimentar a criança, oportunizar uma qualificação profissional vai afastá-las dos traficantes e evitar que ali na frente tenhamos que punir o adulto que enveredou para a marginalidade. Recordo que Leonel Brizola; um dos maiores estadistas da America Latina e o professor Darci Ribeiro criaram os Brizolões; escolas em turno integral no Rio de Janeiro onde a criança saia no final de tarde com banho tomado e jantada, porém os governadores que entraram depois acabaram com este modelo, porque era o Brizola quem tinha criado. Pode isso?  A educação, a educação e a educação, somente ela pode dar um norte para a nossa juventude. Outro fator que pode retirar os jovens desta epidemia é o esporte. Escolinhas de futebol, vôlei, futsal, basquete, handebol, natação e outros são instrumentos poderosos para impedir que nossas crianças se tornem usuários de drogas. Sempre digo nas palestras  – Um menino correndo atrás de uma bola hoje será um craque amanhã, craque no campo, ou mesmo não sendo profissional será craque como pai, filho, trabalhador, amigo e um show de bola como cidadão! Craque que é craque não é chegado em “crack”.  O menino que tem uma bola no pé hoje, não terá no futuro um “três oitão” na cintura. O moleque que corre no campinho atrás da bola, não vai correr do camburão da Brigada Militar  quando adolescente ou adulto. Portanto senhores prefeitos (candidatos) invistam na educação e esporte. Outro aspecto a ser pensado é o tratamento dos que já estão doentes (dependentes químicos). E não existe outro caminho a não ser a implantação de Centro Públicos Municipais de Tratamento de Dependentes Químicos. E nós precisamos estar conscientes: ou enfrentamos esta epidemia de frente com projetos e trabalhos harmônicos ou vamos perecer nesta guerra.  Ou educamos o menino e a menina de hoje, dando um caminho seguro ou teremos que punir o adulto de amanhã. Não sei se disse, mas tentei...

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