segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MORUNGAVA AINDA EM DOSES...

“Quer saber mais que o médico?”
 Zé Guilherme que no passado fora meia-direita do Morungava e jogou ao lado do tio Dino, agora já idoso se dedicava ao seu sitio. O provecto cidadão se tornara um excelente domador de cavalos, agora  já com a idade apertando, Zé Guilherme está meio por casa. Casado com dona Helena uma polaca mais brava que marimbondo, mas exímia cozinheira e sua especialidade é doce de ambrosia ou broas de milho. Sabe, homem não pode ficar muito tempo em casa que vira briga com a mulher. Os dois andavam em pé de guerra e não é que um dia sinhá Helena não me vai inventar de ter um ataque cardíaco. Deu um piripaque na velha e levaram a mesma  “malita no más” para o hospital. Chegando no nosocômio. Hoje eu, a gente está se superando: nosocômio e provecto cidadão é mole ou quer mais? O que o estudo faz, bahhh. Este Blog indiada macanuda também é cultural. Saiba que nosocômio: é um substantivo masculino. Nosocômios seus inimigos do Mobral é o mesmo que Hospital chê. Mas deixamos de trololó como diz a tia Dilma, no Hospital os médicos fizeram tudo o que podia, choque, injeção e tudo mais, mas o médico chamou Zé Guilherme e disse: “Olha, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas infelizmente perdemos dona Helena”. Disse o médico que foi deixando a sala cabisbaixo até parecia centro-avante quando  erra a penalidade máxima. Zé Guilherme já pegando o telefone para avisar o pessoal do sítio, eis que acontece algo inesperado, dona Helena volta a si e grita: “Zé eu não morri, estou viva, vem cá”, fala já sentando na cama. Seu Zé Guilherme olhando para a esposa avisa a mesma: “Deita aí velha tu tá morta sim, o tá querendo saber mais que os médicos”

Tio Dino e a carta

 Seu Arcedino Vieira Nunes; codinome do tio Dino sempre levava verduras e frutas para a CEASA em Porto Alegre ou num supermercado em Taquara. Durante 14 anos num ritual de pontualidade, tio Dino passava pelo Eleutério; guarda da Polícia Rodoviária e deixava para o mesmo uma caixa com bergamotas, alface e moranguinhos. Duas vezes por semana Eleutério recebia presentes do tio Dino. Um dia tio Dino passou pelo guarda a mais 80 por hora e não parou, o que causou estranheza no policial que na volta atacou a caminhonete e perguntou: “Não esqueceu de nada seu Dino?”. O velho Dino de guerra respondeu “Que eu saiba não”. O guarda cutucou: “ E a minha caixa de frutas, tu esqueceu dela?”. Tio Dino com olhar tipo Dick Vigarista devolveu na laje: “Não vou mais te dar as frutas “Lautério”, porque agora eu tirei a carteira de motorista e seu tu quiser vai ter que pagar. Não matei meu pai a soco”.

As gurias de Porto Alegre e os jacarés
 Uma turma de gurias estudantes de Porto Alegre apareceram lá pelo sitio do Tio Dino para acampar e resolveram tomar banho num açude. Verão forte e como só havia gurias resolveram tomar banho peladas. Não demorou muito tempo Zequinha das Candongas ajudante no sítio chegou com um balde e ficou ali a observar a cena. As jovens estudantes da capital revoltadas gritaram impropérios ao ajudante do tio Dino e nadaram mais para o meio do açude,  uma delas, bem atrevida disse:  “Nós não vamos sair daqui enquanto o senhor não ir embora. O senhor veio nos espiar, não tem vergonha?”. Como todo bom morungavense, seu Zequinha  com a experiência  e a tranqüilidade do povo da roça, disse bem calmamente: “Gurias vocês tão é enganadas, não vim aqui ver vocês coisa nenhuma, eu vim aqui trazer estes miúdos de galinha para tratar os jacarés que moram aí nesta lagoa”. Tem que ter concurso – 100% Morungava.

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