segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UM CIENTISTA NO MORRO DAS PULGAS

O poeta Gonzaguinha em seus versos de “O que é o que é” sentencia que somos eternos aprendizes. Um dos grandes problemas das pessoas do estressado e doente mundo atual é que a maioria leva a vida muito a sério. Você já riu de si mesmo? Já andou de pés descalços, alías, lembra quando foi a última vez que fez isto?  Já se lambuzou como criança degustando um sorvete ou fez a maior das melequeiras comendo um cachorro quente?  Ou então após tomar um refrigerante deu um arroto daqueles que as pessoas próximas pensam até que era um terremoto de 7 pontos?  A vida não pode ser levada tão a sério, até porque ela é preciosa demais para nos preocuparmos com coisas que em 95% das vezes não aconteceram. Tem algumas coisas que são estranhas na vida, conheço um amigo que está separado da esposa, mas que mora com a sogra, ou seja, a esposa foi embora e ele ficou morando com a mãe da ex-esposa, claro que é uma relação de afetividade e respeito, pois a sogra ou ex-sogra sei lá  tem quase 80 anos e meu amigo tem 40 anos e nutre pela sogra, ou ex-sogra um amor filial. Sempre suspeitei de algumas coisas que quase me levaram a terapia com o Dr. Paulo Bobsin, mas resisto como um bastião. Não faço... Não faço e não faço!!! Fico pensando em algumas teses como, por exemplo: por que dizer meia passagem, se as pessoas não tem meia bunda. Quando pequeno desenvolvi uma tese que não foi aproveitada no mundo cientifico. Você já parou para pensar se o médico que ajeitou teu umbigo quando nenê  fez o negócio certo? Já pensou se ele não atarraxou direito e o negócio arrebenta? Tu ali na parada de ônibus  aguardando o buzão e num momento  o umbigo desparafusa e cai as tripas para fora, que loucura! Ainda quando pequeno no Rio Branco em nome dos avanços da ciência convenci o Chico Louco, olha o nome do cara, a entrar na geladeira da minha mãe. Lembra da Steigleder com trinco de metal, toda branca? A geladeira era tão grande e pesada que quando estragava um caminhão tinha que vir buscar. Após prometer comprar cinco chicletes Ping Pong com figurinhas do campeonato brasileiro de 1975  e ainda usar da psicologia e aguçar o espírito aguerrido do Chico com a seguinte frase “Bah Chico, o Carlinhos do Baiano disse que tu não tem coragem de entrar na geladeira. O Carlinhos e o Ni disseram que tu não tem potência” Pronto, o velho Chico rilhou os dentes e abriu a porta branca da Steigleder da dona Eloina Nunes Wingert e se atracou. Depois de dois minutos abrimos e aí fiz a pergunta que encafifava esta mente quase de cátedra  da ciência: “E aí Chico a luz da lâmpada da porta da geladeira fica ligada quando fecha a porta ou não?” E a resposta da nossa cobaia colocou um ponto final nos estudos, logo conclui em 1975 que a lâmpada da porta da geladeira desliga quando a mesma é fechada.
Cresci e ainda bem que não enveredei para a medicina, segui o caminho mais próximo da loucura, me tornei jornalista.  E hoje tenho algumas teses, por exemplo, as máquinas que vendem refrigerantes, aquelas que a gente via nos filmes americanos, já estão aqui por toda parte. Acreditava quando menino e comprovei depois de adulto que nestas máquinas trabalham anões, é anões mesmo. Ninguém vê, mas eles se revezam em turnos de 6 horas e cada um adentra discretamente pelos fundos das máquinas. Comprovei esta tese recentemente em Porto Alegre num hospital onde observei um senhor colocar duas moedas na máquina, porém o homenzinho que estava lá dentro não alcançou a lata de refri, nem devolveu as moedas de um real. O cidadão bravo deu murros na máquina e dizia: Anão, anão, anão!” Realmente são anões...
E para encerrar vejo que na entrada de Porto Alegre, o clube da Azenha, tradicional adversário do Internacional esta construindo um estádio e já avisei ao meu amigo Cirano de Carli Cardozo que nós (Inter) gostaríamos muito de inaugurar o estádio do nosso tradicional adversário como inauguramos o Olímpico em 1954 numa prova inequívoca da boa relação com o tradicional adversário, mas uma dúvida freudiana me dilacera a alma e epidermicamente, ou melhor, visceralmente fico pensando: para manter viva a tradição de disputa se o campo deles vai se chamar Arena, não seria o caso do Beira Rio pronto e sediando os jogos da Copa do Mundo se chamar MDB? Tudo para manter rivalidade não achas? Ser ou não ser eis a questão.  *_Jair Wingert; jornalista.

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