quarta-feira, 23 de março de 2011

JORGE BOGOWSKY: O PESCADOR

A vida é feita de episódios inusitados onde vivenciamos momentos mágicos. A amizade é um grande tesouro, conforme relata com sapiência o ex-vice-prefeito Delmar Teixeira de Moraes “Casquinha”, autor do livro A Menina do Rabicó Azul, na vida ter amigos é fundamental e necessário, segundo Casquinha até para morrer é preciso a presença dos amigos, do contrário quem carregaria o caixão?  Amigos são bênçãos dos céus e muitas vezes são anjos disfarçados que estão aqui para nos mostrar o caminho. Outro detalhe: amizade a gente não escolhe, elas surgem, se fortalecem e não é necessário estar sempre junto para ser um grande amigo, mas é certo que quando a gente necessita aquele amigo se faz presente na hora da tribulação. Aqueles com quem sorriste, estes poderás esquecer, mas com quem chorastes, estes jamais esquecerás! E por falar em amigo, quem não lembra do Jorge Bogowsky, exímio impressor da Caeté e depois da Papuesta. Aposentado, o Jorjão deixou os atropelos da cidade e se bandeou para o litoral, vivendo uma vida sossegada e de paz, ouvindo o barulho do mar, meditando e aproveitando o tempo caminhando na beira da praia, pescando, coçando e passando Hipoglós para não asssar. Ao amanhecer, Jorge é acordado pelo canto dos sabiás que numa sinfonia harmoniosa inundam o ambiente. O Jorge vive visceralmente aquilo que o filosofo Domenico de Mais apregoa: o ócio criativo.  Um dos passatempos prediletos do campo-bonense que vive próximo a Torres é pescar. Exímio pescador tanto na tarrafa como com rede e até com linha Jorge não se aperta. Segundo Ermelindo Gonzatto “Déco”, futuro prefeito de Araricá e cunhado de Jorge,  o último peixe que Bogowsky pescou era tão grande que só a foto pesou cinco quilos. Mas dois episódios protagonizados pelo nosso herói Jorge são inéditos e verdadeiros. O primeiro deles aconteceu aqui em Campo Bom. Nas férias Jorge visitando os parente se deslocou até a barranca do Sinos, ali próximo a parte das Bombas da Corsan no Recanto, mais precisamente na Rua João Goulart, onde juntamente com o Juliano Polidoro foram pescar de linha.  Não demorou muito para o grumatã puxar a linha e para surpresa da dupla, o peixe era enorme, mas o estranho era que não pesava muito, mas, no entanto o mesmo apresentava algumas anomalias, pois era enorme, com quase um metro de cumprimento por 70 centímetros de diâmetro. A dupla na barranca do Rio dos Sinos optou por limpar as vísceras do grumatã anômalo, quem sabe fruto da poluição química, mas para surpresa dentro do ventre do peixe havia duas garrafas (litrões pet) de refrigerante. Eles garantem que é verdade.  Outro dia Jorge chegou em Campo Bom e me presenteou com duas tainhas uma de dois quilos e meio e outra de quatro quilos e me contou a boca pequena que quando foi morar no litoral pensou que sua casa fosse mal assombrada. Toda noite a Eni esposa do Jorge ouvia barulhos embaixo do assoalho de cabriúva. Um dia Jorge ficou escutando e percebeu que a esposa tinha razão, estrondos tipo: toc...toc.. bum...bum... bum. No outro dia de posse de uma lanterna, espingarda, granada de fabricação caseira, celular e GPS, o super Jorge entrou embaixo da casa. Para surpresa, o inusitado aconteceu. O campo-bonense  constatou que por baixo de sua residência havia um canal de ligação direta com o mar e que o barulho que ouviam a noite embaixo do quarto, nada mais era que peixes migratórios maiores que se dirigiam quem sabe para a parte mais ao sul do Atlântico e que batiam no assoalho, perturbando o sossego dos Bogowsky.  Como bom campo-bonense, Jorge uniu o útil ao agradável, fez um alçapão no quarto e toda vez que precisa de peixes, abre o alçapão e os peixes pulam em cima de sua cama. Aliás, as duas tainhas presenteadas a este jornalista foram pescadas assim.  E tem gente que ainda não acredita em histórias de pescador.... Que povo incrédulo!

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