segunda-feira, 17 de março de 2014

LENDAS URBANAS: O FOGUINHO DO CEMITÉRIO

Quem não sabe uma história daquelas mirabolantes que aconteceu com o primo, com o cunhado, com o irmão da mulher do açougueiro... Sabe o lance do camarada dançar num baile e depois ao levar a guria para casa no bairro Metzler e aí no caminho bem na frente do cemitério ela diz que é ali que ela mora. Lendas urbanas.  Ali na Gaelzer Neto no Alto Paulista existe o Cemitério Luterano bem no alto onde os membros da comunidade luterana são sepultados. Logo que se implantou o cemitério neste local, no barranco, foi plantado grama para evitar a erosão e dar um aspecto bonito. Grama plantada duas vezes por semana meu amigo Carlos Bobsin, esposo da Angela se deslocava para molhar a grama que lutava para sobreviver em pleno verão de fevereiro. O Carlos é uma figura fantástica,um excelente amigo, um baita vendedor e um fiel colorado, bem como, tive a satisfação de ter sido seu vice-presidente na Associação do Bairro Rio Branco, onde deixamos dinheiro em caixa, muitas promoções e muitas melhorias para o nosso glorioso Rio Branco. Num final de tarde já entrando a noite naquele lusco fusco de aurora como diria o Jayme Caetano Braum, lá em cima do barranco do Cemitério o Carlos molhava a grama. Subindo a Gaelzer Neto duas jovens meninas que ficaram atentas a silhueta do nosso amigo na já quase escuridão ali com uma mangueira d´água na mão. As jovens se olharam sorriram e uma delas perguntou: “O tio tu tem medo de estar aí no cemitério já quase noite?” O Carlão que o trem não pega imediatamente fez uma voz sepulcral, estilo Zé do Caixão e lascou “Quando eu era vivo eu tinhaaaaaaa..... “. As gurias viraram em pernas, desceram a Gaelzer Neto. Até hoje o Carlão Bobsin conta a história e dá boas risadas....

Tio Dino: o pharmaceutico
Vocês viram como o Tio Dino é velho? Ele é do tempo em se escrevia Farmácia com “PH”. Naquele tempo em Morungava tio Dino fazia de tudo um pouco, tinha táxi (lembra quando ele levou o Papa João Paulo II?), era barbeiro, brizolista, juiz de futebol, sub-delegado, sub-prefeito isso no tempo do PTB e dono da Pharmacia Morungavense que vendia desde a essência Olina ao lacto purga, bem como, o xarope fimatosan e o totalex remédio para bichas... Ou melhor para lombrigas; vermes e o biotônico Fontoura. Um dia chegou na drogaria um sujeito de nome Zenóbio, mas todos o conheciam por Barão. O velho Barão se achegou no balcão e relatou ao Dr. Arcedino (Tio Dino) que estava com uma diarreia já fazia dois dias e não aguentava mais. O velho Dino colocou a mão no queixo como um sábio filosofo grego, olhou para o alto como quem busca inspiração e disse: “Já sei, vou te dar um remédio que é tiro e queda”. Retornou com um medicamento embrulhou e não tentou vender vitamina, energético ou pastilha para garganta como muitas farmácias fazem por aí. Após o Zenóbio deixar a "pharmacia", tio Dino constatou que a tia Miúda havia trocado o medicamento e na verdade ele vendeu ao Zenóbio Barão um calmante fortíssimo. Dois dias depois, Zenóbio chegou na "pharmacia" e o velho Dino questionou: “Mas e daí Barão velho de guerra melhoraste da diarréia?” A resposta veio mansa e suave: “Olha seu Dino continua na mesma, mas agora me cago nas bombachas com uma calma e tranquilidade que dá gosto de ver”
 A coisa mais rápida do mundo
Um determinado dia em Porto Alegre enquanto levava uma carga de queijo de leite de cabra a um hotel famoso de Porto Alegre ali na Alberto Bins, após a entrega tio Dino se deslocava até o Beira Rio para assistir os treinos do Inter com Falcão, Carpegiani, Figueroa, Lula, Flávio, Dario, Manga, Claudio, Vacaria. Num dia de treino, tio Dino ficou prestando atenção em dois jovens que dialogavam próximo a tela do campo de treino do Beira Rio (Estádio padrão Fifa para Copa do Mundo e de propriedade do Sport Club Internacional). Os dois garotos discutiam sobre que era mais rápido no mundo. Um dizia: ‘O mais rápido é o pensamento, porque tu pensa aqui e através do pensamento pode se deslocar para outro lugar num abrir e piscar de olhos” O outro jovem afirmou categoricamente: “Não mesmo, a luz elétrica é mais rápida, pois você tecla na chave e num instante surge a luz” E a discussão prosseguia acalorada, quando tio Dino interviu: “Vocês dois estão totalmente errados. A coisa mais  rápida é a caganeira. Outro dia me deu uma dor lancinante na barriga e uma ronqueira, saltei da cama, corri para o banheiro e não deu tempo nem de pensar, muitos menos ligar a luz do banheiro e eu já estava todo cagado!” finalizou tio Dino que foi saindo de fininho.... e olhando para traz ainda profetizou: “Domingo a gente vai ganhar o grenal deles com gol do Escurinho aos 44 minutos” Tem que ter concurso – 100% Morungava!

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