terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

BRASIL MOSTRA A TUA CARA!

O Brasil é um dos países mais perigosos para jornalistas, segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ). O ranking, divulgado em 2013, considera as mortes ocorridas entre 1992 a 2013. Segundo o CPJ, 1.041 jornalistas foram mortos no mundo desde 1992. Os jornalistas que divulgam informações sobre política, guerra e corrupção são os mais perseguidos. E os principais responsáveis são grupos políticos, oficiais do governo e grupos criminosos. Em 88% de todos os casos, nenhuma medida judicial foi tomada.  

Conheça os dez países mais perigosos para jornalistas

1- IRAQUE
No dia 20 de Janeiro de 2014, uma bomba atingiu uma patrulha policial próxima a uma área de conflito no leste de Bagdá. O jornalista Firas Mohammed Attiyah, 28, repórter freelancer da TV Fallujah, morreu, e Muayad Ibrahim, repórter da TV Al Anbar, ficou ferido.
O Iraque continua sendo o país mais perigoso do mundo para jornalistas, segundo o Comitê para Proteção dos Jornalistas: 162 jornalistas morreram no local desde 1992.
O ano mais violento foi 2006, com 55 mortes

2- FILIPINAS
O segundo lugar fica com as Filipinas, com 76 jornalistas mortos. No ano de 2009 morreram 38 profissionais.
Em novembro de 2013, Joas Dignos, 49 anos, foi assassinado, com tiros na cabeça e no peito, por dois homens não identificados em duas motocicletas. O jornalista apresentava um programa semanal chamado Bombardier, em uma rádio local. De acordo com colegas, Dignos criticava autoridades locais. A União Nacional de Jornalistas das Filipinas disse que ele fora ameaçado anteriormente

3- SÍRIA
A Síria é o terceiro país mais perigoso para jornalistas, segundo o CPJ. Em maio de 2013, a jornalista Yara Abbas, correspondente pró-governo na TV Al Ikhbariya, foi assassinada enquanto o carro da sua equipe ficou sob o fogo cruzado dos rebeldes. Até setembro de 2013, 15 jornalistas estavam desaparecidos no país.
O jornalista norte-americano Austin Tice (foto) foi visto pela última vez em agosto de 2012 em Daraya, nas proximidades de Damasco. Acredita-se que ele esteja sob custódia do governo sírio

4- ARGÉLIA
O país contabiliza 60 mortos em seu histórico. Em 2001, os jornalistas Fadila Nedjma e Adel Zerruk foram atropelados por um ônibus enquanto cobriam protestos

5- RÚSSIA
Entre 1992 e 2013, 56 jornalistas foram mortos na Rússia. Em julho de 2013, o editor do jornal semanal Novoye Delo, Akhmednabi Akhmednabiyev (foto), foi assassinado a tiros dentro do seu carro, próximo a sua casa, em Makhachkala. No início do mesmo ano, o jornalista já tinha sobrevivido a uma tentativa de assassinato. Cerca de 88% dos casos na Rússia estão impunes até hoje

6- PAQUISTÃO 
No Paquistão, o sexto país mais perigoso, 53 jornalistas foram mortos desde 1992. Entre as coberturas mais perigosas no país estão assuntos políticos e de guerra, além dos crimes locais. O jornalista Haji Abdul Razzak, 35, repórter do jornal urdu Daily Tawar, estava desaparecido desde 24 de março de 2013, mas foi encontrado mutilado em Karachi, em agosto passado

7- SOMÁLIA
Segundo o relatório do CPJ, nenhum crime contra profissionais de mídia foram foi julgado na última década na Somália. Hassan Osman Abdi (foto) foi alvejado em Mogadício, capital do país, em janeiro de 2013. Ele era diretor da Rede de Comunicação Shabelle. No ano passado, 18 profissionais da imprensa foram mortos

8 – COLÔMBIA
Na oitava posição está a Colômbia, com 45 jornalistas mortos. No ano de 2012, a jornalista Élida Parra Alonso ficou cerca de um mês em poder do Exército de Libertação Nacional. No país, os profissionais de rádio são os mais atacados. Em setembro de 2013, o jornalista Édison Alberto Molina foi atacado por homens não identificados que atiraram quatro vezes na cabeça dele. Molina veiculava o programa Clínica Legal, em Puerto Bairro, onde resolvia problemas legais da população

9- ÍNDIA
A Índia é o nono país na lista dos mais perigosos para jornalistas. Em agosto de 2013, uma fotojornalista de 23 anos foi vítima de um estupro coletivo em Mumbai. A jovem trabalhava em uma reportagem

10 – MÉXICO
Na décima posição, o México tem 29 jornalistas mortos entre 1992 e 2013. Entre os principais acusados estão grupos criminosos e militares. No início de 2012, o repórter do jornal La Última Palabra, Raúl Quirino Garza, de 30, anos foi morto a tiros em Monterrey. Em 2011, o governo mexicano firmou com as principais empresas de comunicação do país um Acordo para a Cobertura Informativa da Violência. O documento reúne uma série de orientações para a cobertura de chacinas e atos criminosos

O Brasil tem 28 jornalistas mortos no período analisado. Entre os temas mais abordados por eles, 59% era corrupção, 48% crimes locais e 30% política. Os jornalistas mais atingidos trabalhavam para os meios impressos e rádios. O País não apresenta morte de mulheres nem de estrangeiros no exercício da profissão.  Cerca de 73% dos casos não foram julgados. Segundo o CPJ, três jornalistas foram mortos no Brasil em 2013. Segundo outro estudo, do Instituto da Imprensa Internacional, seis jornalistas foram mortos no Brasil no ano passado.

Os jornalistas do País também enfrentam a violência civil, cobrem atos de vandalismo e acompanham o fogo cruzado entre a polícia e traficantes

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