segunda-feira, 14 de maio de 2012

JACOB O PREFEITO DE MORUNGAVA

Caiu na área é pênalti
Visão do novo "WC", ou banheiro do estádio do Morungava.
Em Morungava nos anos 70 havia na cidade um prefeito chamado Jacob que se tornou muito conhecido na região por suas gafes históricas, mais homéricas do que aquelas do prefeito de uma cidade bem pertinho de Campo Bom. O Jacob certo dia estava assistindo a final entre Morungava e a equipe da Vila São Jacó, localidade próximo a Torres e que num passado não muito distante pertenceu a Morungava no tempo que nossa área territorial se estendia até a Praia dos Ingleses, isto para cima, porque para baixo o território se estendia até Mostardas. Depois os municípios foram se emancipando. Na decisão desta competição intermunicipal, a Vila São Jacó veio completa, inclusive com o craque da equipe, o habilidoso Eri. De Vila São Jacó vieram para a decisão cinco caminhões de carga lotados. Este confronto teve como árbitro Arcedino Vieira Nunes “Tio Dino” sério e isento árbitro da FMA – Federação Morungavense de Árbitros. No final o Morungava venceu pelo placar de 2 a 0. A partida em função da rivalidade forçou tio Dino a apitar com dois revólveres trinta e oito na cintura e os bolsos repletos de balas para munição. Uma falta apitada tio Dino dava um tiro para o alto. E cada cartão amarelo também um tiro era desferido para o alto. O velho Dino deu tantos tiros que só conseguiu tirar os revolveres das mãos na segunda-feira quando desinchou os dedos. Naquele tempo não havia telefones celulares e na arquibancada bem envolvido com a partida, roendo as unhas, o prefeito Jacob é avisado por um de seus assessores, seu Artidor que veio da Copa (barzinho de campo de futebol), onde um telefonema informava que a esposa do prefeito, dona Waltraud sofrera um desmaio em função de uma queda de pressão. Seu Artidor olha para o alto da arquibancada e grita: “Prefeito Jacob, ligaram avisando que a dona Waltraud caiu na área”. E o prefeito empolgado com a partida decisiva diz de bate pronto: “Se caiu na área é pênalti”
O homem da mala preta
Jacob de bobo só tinha o jeito de caminhar e a cara, porque era ladino e trocava pneu de avião no ar. Um dia daqueles de super ego, isto é algo que dificilmente acontece com os políticos, Jacob achando-se a bolacha mais recheada do pacote, chamou dona Noquinha secretária da Prefeitura e pergunta: “Tem alguém aí para atender?”. Dona Noquinha disse: “Tem um homem com uma mala preta, bem vestido, parece ser gente importante. Ele disse que precisa falar com o senhor”. Cheio da pose mais parecendo um pavão, Jacob ordenou: “Tu espera uns dez minutos e manda-o entrar”. Dito e feito, o homem de roupa elegante, com uma mala preta parecendo alguém vindo de Brasília, sentou e ficou ouvindo Jacob no telefone. O prefeito dizia: “Olha presidente Figueiredo, agradeço o convite para seu aniversário, mas não vai dar para ir até aí. Sei que o senhor insiste com a minha presença e da Waltraud, mas fica para a próxima”, destacou Jacob que fez um silêncio e reafirmou: “Não Presidente Figueiredo, não vai dar para ir. Ah, Presidente aquele cavalo que o senhor me mandou de presente levei para o meu sitio. Tudo bem, um bom dia Presidente”, salientou o prefeito de Morungava que colocou o fone no gancho e perguntou ao homem da mala preta: “E para ti o que é? No que posso te ajudar?”, questiona  Jacob todo pomposo. O sujeito calmamente com um sorriso maroto responde: “È que eu sou da CRT e vim aqui consertar o telefone do seu gabinete que não está funcionando”
O binóculo
Jacob seguiu de Morungava até Porto Alegre numa missão junto ao DAER verificar o andamento de uma obra na RS no acesso a Morungava. O enorme prédio do Daer ali em Porto Alegre e o atendimento do diretor era no último andar. Ao chegar ao estacionamento Jacob pediu que o seu motorista seu Lealdino aguardasse junto ao Opala Diplomata, carro oficial de Morungava. O mandatário maior subiu até o último andar do Daer chegando até a repartição a secretária informou que ele deveria aguardar, pois o diretor estava numa reunião. Jacob bastante agitado, impaciente começou a caminhar e a jovem secretária percebendo perguntou: “O senhor aceita um cafezinho?” “É de graça?” questionou Jacob. A jovem educadamente disse que sim. E Jacob novamente pergunta: “E o Lealdino pode tomar também?”. A moça indaga: “Quem é o Lealdino?” “O Lealdino é o meu motorista que está lá no estacionamento”. A secretária solicita observa: “Pode sim, o senhor pode chamá-lo”. Mal a moça terminou de falar e Jacob abriu a janela do último anda do Daer e desandou a gritar “Lealdino sobe aqui para tomar um café”.  Imagina só a altura do prédio, o movimento dos carros não tinha como o pobre motorista ouvir os gritos do prefeito? A jovem secretária tentando ajudar abriu a gaveta e tirou um binóculo e na janela começou a olhar  perguntando “Quem é o seu motorista?” De imediato Jacob informa: “É um cabeça branca que está perto de um Opalão Diplomata que nós compramos para a Prefeitura”, observa o prefeito. A jovem enfatiza: “Agora estou vendo é um senhor grisalho, ele está sentado dentro do carro e parece que está escutando musica, pois está cantarolando e batendo na direção”, destaca. “Ah é uma fita da banda dos Futuristas que a gente comprou, só música boa de bailão” fala Jacob. A moça entregou o binóculo para Jacob para parar aquela gritaria de chamar o motorista, porém quando o prefeito pegou o binóculo, como ele não conhecia o tal “aparelho” e olhando para baixo viu o Lealdino bem na sua frente e lá do décimo segundo andar do prédio do Daer, o prefeito falou bem baixinho “Psiu, psiu,  Lealdino eu tava aqui gritando e tu não ouvia, vem aqui em cima tomar cafezinho que é de graça!”  -  100% Morungava - Tem que ter concurso  
Em Morungava estacionamento não é problema e a saúde é o que interessa
 

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