quarta-feira, 15 de junho de 2016

DONA EDITH: 94 ANOS DE PURA TERNURA

Jair Wingert e dona Edith. “A vida é marcada por momentos que se eternizam”

A vida nos proporciona momentos mágicos onde as palavras muitas vezes faltam para expressar a gratidão. E não obstante as palavras não são primordiais: palavras para que palavras? Este jornalista que ao longo de sua caminhada já empoeirou seus sapatos na jornada vivenciou fatos inusitados, mas nada se compara a amizade, aliás, o que seria a vida sem a presença dos amigos? Me pergunto o que seria sem a ajuda dos amigos da terra e do céu? Uma das muitas dádivas que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó oportunizaram a este escriba foi de rever dona Edith Jaeger. Os olhos com um brilho sem igual me me fizeram viajar sem sair do lugar. A doçura do olhar de dona Edith lembraram minha mãe. Que saudades daquele olhar terno e meigo. Quando de uma dor de ouvido, de uma gripe forte lá vinha minha mãe querida com um chá milagroso. Quando dos tempos difíceis de Rio Branco, onde o que não faltava era vontade, nos reuníamos a beira do fogão de lenha na casa modesta de madeira da Tapajós de chão batido e sem água encanada. Lá, dona Eloina mexia com os brios do “time” alertando que Deus estava conosco e que precisávamos estar juntos; unidos e ai venceríamos. E vencemos. Ela estava certa. Sempre esteve certa. Ela nunca dava brinquedos de presente, bolas, carrinhos isso era meu pai quem dava, ela nos dava livros dizia: “O que vocês trazem dentro da cabeça ninguém rouba”. Nestes tempos carregados que as vezes me sinto mais sombrio que os Morros de Dois Irmãos como faz falta o conselho certo na hora incerta da mãezinha.

Dona Edith que completará 94 anos é um encanto de pessoa, sempre de bem com a vida. Esposa do meu grande amigo Werno Jaeger. Seu Werno era uma legenda desta terra. Homens da estirpe dos irrepreensíveis, daqueles que tinha honra e sustentavam a palavra. Hoje raros, especialmente na politica. Sério, ético e acima de tudo honesto. Um politico honesto! Foi vereador por São Leopoldo na época em que Campo Bom não havia conquistado a emancipação, coordenada por outro ícone chamado Arno Kunz. Ah como faz falta em Campo Bom timoneiros como: Arno Kunz, Claudio Strassburger e sua ousadia. Como faz falta homens como Adriano Dias, Alexandre Machado ou Julio de Oliveira Lopes... Que bom que ainda temos cernes curados como Evaldo Dreger que ainda tem muito a nos ensinar.... Vida longa seu Evaldo! Pois através da Rosa (filha de Werno e Edith) pude rever minha doce amiga Edith que entregou a este escriba uma fotografia de aniversário de casamento, dela e do meu amigo Werno Jaeger. O casal viveu uma grande história, construiu uma família alicerçada no maior de todos os dons: o amor. Uma figura que parece frágil dona Edith sempre foi um esteio forte dos Jaeger. Orientava o marido, o acalmava com o conselho certo e a ponderação inerente as mulheres. Cuidava da família com fraternidade. Hoje longe do grande amor que não está mais conosco, dona Edith vive de forma feliz e em cada lugar que passa deixa uma senda de luz com as palavras doces e olhar fraterno e um abraço que esquenta a alma. Ganhei o dia ao poder reencontrar e abraçar minha querida amiga Edith; um encanto de pessoa. Dona Edith é a poesia em forma de gente! Um grande beijo no seu coração! E muito obrigado por ser minha amiga. – Obrigado e abraço, Jair Wingert.

Esta foto de casamento de dona Edith e seu Werno Jaeger por ocasião do 60º aniversário de casamento.

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