segunda-feira, 8 de julho de 2013

A BOMBACHA TROCADA EM SANTO ANTÔNIO

Pois num período em que  o velho Arcedino era mais novo, ele andava por todo Rio Grande  vendendo, era uma espécie de mascate e na maioria das vezes viajava solito, à cavalo. E numa destas andanças lá pras bandas de Santo Antônio da Patrulha (lembra da piada da trulha?), pois, quando caiu a noite o velho Dino se achegou a uma pousada que ficava ali na cidade alta. Foi entrando e pedindo pouso! O dono do estabelecimento foi logo avisando: “Mais óia, vivente! Não tem mais quarto vago! Tá tudo ocupado!“. “Mas não tem nem uma cama pra mim encostá o lombo? Tô viajando o dia todo!”, perguntou tio Dino com a cara de  cão triste; estilo Pirlo aquele jogador da Itália. O dono condoído respondeu: “Tem um quarto com duas camas, mas já tem um peão dormindo lá, serve?” Tio Dino observa: “Não tô pra escolhê, serve!” Mas o dono da pensão que era cria lá do Monjolo avisou: “O índio é meio chegado numa canha! Deve tá borracho e não vai protestá!” Ao Chegar no quarto tava lá o vivente, apagado, com um litro vazio no chão e outro na mão! O tio Dino sem fazer barulho tirou as botas e se deitou! Lá pelas tantas, de madrugada, acordou com uma baita caganeira! Como todo morungavense levantou-se e saiu correndo para o banheiro que ficava no final do corredor da pensão, mas não deu tempo... deu-se a tragédia! E o pior é que ele tinha que seguir viagem de manhãzita! E agora? Olhando para o borracho na cama, viu que a bombacha dele era igualzita a sua e o tamanho também! Tio Dino que é mais ladino que lagarto tenteando caixa de abelha  teve uma ideia: tirou sua bombacha carimbada, lavou-se como pôde, tirou a bombacha do borracho e lhe enfiou a sua! Antes de sair o sol, encilhou o seu pingo e se mandou mundo a fora vendendo os produtos “Made in Morungava”! Tempos depois, andava o velho Dino pelas mesmas bandas de Santo Antônio, quando lembrou-se do vivente e do causo da bombacha trocada! Mordido pela curiosidade, chegou na pousada e perguntou pelo índio com quem dividira o quarto naquela fatídica noite! O dono do estabelecimento com cara assustada respondeu: “Pois ficô lôco, tchê! Tá internado no hospício lá em Porto Alegre”, Tio Dino sempre  preocupado com os outros pergunta: “Ué, mas por quê??!” E a resposta surgiu imediata por parte do dono da pensão: “De tanto pensá em como é que ele conseguiu cagá as bombacha sem cagá as cueca!”
    Macho ou fêmea?
Quando surgiu a tal de energia elétrica em Morungava, Ditão índio velho mais grosso que dedão destroncado, adentrou na venda do Anselmo para comprar os apetrechos para a instalação. No papelzinho que o eletricista anotou pedia uma tomada. O atendente perguntou pro Ditaõ: “O senhor quer uma tomada macho ou fêmea?” Ditão não pensou duas vezes: “Tanto faz, que é pra ligar os aparelhos e não pra tirar cria!”, Mas oigalê tchê porquera! Tem que ter concurso -  100% Morungava.

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