O
que é loucura? Quem definiu isso será que era bem certo? Vamos que o
sujeito também era louco? No muro do São Pedro, não o teatro, a frase
faz pensar e refletir: Aqui nem todos que estão são, mas também nem
todos são estão....” Profundo, muito profundo... Em Campo Bom nas
paredes de uma fábrica de calçados que fechou a frase também é profunda:
“A vida no planeta Campo Bom é uma loucura enrolada em seda pura,
porque de cara ninguém atura” Mas por falar em louco contam que em 2003 o
presidente Bush dos Estados Unidos foi visitar um asilo de loucos na
Pensilvânia. Coisa de primeiro mundo, o asilo. Tudo bem arrumadinho, bem
organizado, os loucos dispostos em alas conforme a categoria. Um prédio
abrigava os napoleões, outro estava cheio de latinos que se diziam
Fidel Castro, uma sala com três ou quatro fernando-henriques e assim por
diante. Cada maluco no seu devido lugar.A certa altura, o diretor do
hospício conduziu o presidente Bush ao maior, o mais bonito e bem
decorado pavilhão e falou: “Presidente, este pavilhão é uma homenagem ao
senhor”O diretor abriu a porta de um enorme salão onde se encontravam
mais de cem loucos, todos eles absolutamente iguais ao presidente Bush.
Ah, que beleza, suspirou o presidente. Todos querem ser iguais a mim. E
foi entrando para conversar com os outros bushes. De repente, deu-se o
inesperado. Os loucos enlouqueceram e foram pra cima de Bush. Quer
dizer, todos foram pra cima de todos e logo ninguém sabia quem era quem.
Depois que a segurança do presidente conseguiu acalmar a situação,
sobraram quatro bushes entre os mais de trinta mortos e quase uma
centena de feridos.E a dúvida: qual dos quatro é o presidente? A direção
do hospital convocou reunião do Conselho Psiquiátrico, fez uma
avaliação criteriosa e identificou, entre os quatro sobreviventes, o
verdadeiro presidente Bush.O presidente Bush se arrumou, vestiu roupa
limpa e voltou para a Casa Branca.No dia seguinte, Bush mandou invadir o
Iraque.
Morungava também tem louco...
Dizem que alguns ficaram outros sairam e se bandearam para o planeta Campo Bom e arredores... (Mas não sou eu). Pois
lá no Morungava num periodo dos anos 70 havia uma clínica psiquiátrica
na qual tio Dino era o diretor. Todos os internos passavam por uma
entrevista meticulosa do velho Arcedino que também era adepto da maior
autoridade em loucura da época o Analista de Bagé. Tio Dino era do tipo
ortodoxo e não abria mão da terapia do mango e do joelhaço no saco.
Outra estratégia usada era colocar um nota de 50 cruzeiros no chão, é
claro que a nota era uma falsificação porque afinal de contas tio Dino
era o diretor da clínica e não paciente. Se o paciente pegasse a nota e
colocasse no bolso não ficava internado, pois era falcatrua e estava se
fresqueando. Uma vez vieram o pessoal da saúde do Estado fiscalizar o
hospício do Tio Dino (Pequenos hospicios grandes negócios era o lema).
Pois um sujeito com cavanhaque que lembrava o bode Osnar do sítio do tio
Dino e ar de quem morava na capital, cheio de grau questionou o velho
Dino. “Qual o critério que vocês usam para saber quem deve ser
hospitalizado?”, perguntou. O velho Dino que é mais ladino que mascate
olhou bem no grão dos olhos do almofadinha e disse: “A gente faz o
teste da banheira” O jovem metido pergunta: “Como é este teste?” O velho
Dino responde: “Nós enchemos uma banheira com água e colocamos ao lado
uma colher, um copo e um balde. De acordo com a forma que a pessoa
decida esvaziar a banheira a gente analisa o grau de gravidade da
patologia” observou tio Dino. O jovem “inteligente uma barbaridade”
sorriu e disse: “Ah entendi uma pessoa normal usaria o balde que é maior
que o copo e a colher” disse o almofadinha. Tio Dino com aquele sorriso
sarcástico, sentenciou: “Não uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.
O que tu prefere quarto particular ou enfermaria do INPS?”, pergunta
dando gaitadas o velho Dino. Pois não é que o fusquinha dos engravatados
sumiu pelas estradas do Morungava e nunca mais apareceram para
questionar os métodos do tio Dino. Tem que ter concurso – 100% Morungava!
Nenhum comentário:
Postar um comentário