Jair Wingert e dona Edith. “A vida é marcada por momentos que se eternizam” |
A vida nos proporciona momentos mágicos onde as palavras muitas vezes
faltam para expressar a gratidão. E não obstante as palavras não são
primordiais: palavras para que palavras? Este jornalista que ao longo de sua
caminhada já empoeirou seus sapatos na jornada vivenciou fatos inusitados, mas
nada se compara a amizade, aliás, o que seria a vida sem a presença dos amigos?
Me pergunto o que seria sem a ajuda dos amigos da terra e do céu? Uma das
muitas dádivas que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó oportunizaram a este escriba
foi de rever dona Edith Jaeger. Os olhos com um brilho sem igual me me fizeram
viajar sem sair do lugar. A doçura do olhar de dona Edith lembraram minha mãe.
Que saudades daquele olhar terno e meigo. Quando de uma dor de ouvido, de uma
gripe forte lá vinha minha mãe querida com um chá milagroso. Quando dos tempos difíceis de Rio Branco, onde o que não faltava era vontade, nos reuníamos a
beira do fogão de lenha na casa modesta de madeira da Tapajós de chão batido e
sem água encanada. Lá, dona Eloina mexia com os brios do “time” alertando que
Deus estava conosco e que precisávamos estar juntos; unidos e ai venceríamos. E
vencemos. Ela estava certa. Sempre esteve certa. Ela nunca dava brinquedos de
presente, bolas, carrinhos isso era meu pai quem dava, ela nos dava livros
dizia: “O que vocês trazem dentro da cabeça ninguém rouba”. Nestes tempos
carregados que as vezes me sinto mais sombrio que os Morros de Dois Irmãos como
faz falta o conselho certo na hora incerta da mãezinha.
Dona Edith que completará 94 anos é um encanto de
pessoa, sempre de bem com a vida. Esposa do meu grande amigo Werno Jaeger. Seu
Werno era uma legenda desta terra. Homens da estirpe dos irrepreensíveis,
daqueles que tinha honra e sustentavam a palavra. Hoje raros, especialmente na
politica. Sério, ético e acima de tudo honesto. Um politico honesto! Foi
vereador por São Leopoldo na época em que Campo Bom não havia conquistado a
emancipação, coordenada por outro ícone chamado Arno Kunz. Ah como faz falta em
Campo Bom timoneiros como: Arno Kunz, Claudio Strassburger e sua ousadia. Como
faz falta homens como Adriano Dias, Alexandre Machado ou Julio de Oliveira
Lopes... Que bom que ainda temos cernes curados como Evaldo Dreger que ainda
tem muito a nos ensinar.... Vida longa seu Evaldo! Pois através da Rosa (filha
de Werno e Edith) pude rever minha doce amiga Edith que entregou a este escriba
uma fotografia de aniversário de casamento, dela e do meu amigo Werno Jaeger. O
casal viveu uma grande história, construiu uma família alicerçada no maior de
todos os dons: o amor. Uma figura que parece frágil dona Edith sempre foi um
esteio forte dos Jaeger. Orientava o marido, o acalmava com o conselho certo e
a ponderação inerente as mulheres. Cuidava da família com fraternidade. Hoje
longe do grande amor que não está mais conosco, dona Edith vive de forma feliz
e em cada lugar que passa deixa uma senda de luz com as palavras doces e olhar
fraterno e um abraço que esquenta a alma. Ganhei o dia ao poder reencontrar e
abraçar minha querida amiga Edith; um encanto de pessoa. Dona Edith é a poesia
em forma de gente! Um grande beijo no seu coração! E muito obrigado por ser
minha amiga. – Obrigado e abraço, Jair
Wingert.
Esta foto de casamento de dona Edith e seu
Werno Jaeger por ocasião do 60º aniversário de casamento.
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