terça-feira, 30 de dezembro de 2014

VEREADOR PRESTA HOMENAGEM A SOCIALISTAS HISTÓRICOS

“Erciria do Espirito Santo e Luizinho Machado são construtores de uma sociedade mais justa e fraterna”
O gabinete do vereador Jair Wingert (PSB) em uma de suas últimas ações do ano de 2014 buscou resgatar e homenagear dois socialistas históricos do PSB campo-bonense trata-se de Erciria José do Espirito Santo, uma das fundadoras do Partido Socialista Brasileiro de Campo Bom e o sapateiro aposentado e líder sindical Luiz Carlos Machado “seu Luizinho” como é conhecido carinhosamente. Juntamente com o assessor parlamentar Claudio Cunha, o vereador  visitou  tanto dona Erciria como  seu Luizinho e num momento  marcado pela emoção, o socialista entregou  a  dona  Erciria um quadro com a foto do filho João Batista do Espirito Santo também um dos fundadores do PSB e um incansável batalhador pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Batista faleceu recentemente vítima de acidente vascular cerebral, mas deixou um legado de ética e esforço em defesa do socialismo democrático. Ele sonhava  uma Campo Bom para todos. Moradora da Rua Uruguaiana, aquela senhora já idosa, cabelos brancos brilha os olhos ao falar no PSB e dentro de sua simplicidade e humildade, lembra da dedicação do filho; Batista .

Erciria e Luizinho: o sonho de uma Campo Bom para todos não acabou

Emocionada a socialista agradeceu o presente e ainda lembrou que a foto tirada aconteceu no gabinete itinerante no centro de Campo Bom,  na Praça João Blos por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O vereador Jair Wingert distribuiu mudas de flores com um cartãozinho alertando para a importância da prevenção  do câncer de mama.  “A gente deve  homenagear as pessoas enquanto elas estão conosco. Graças a Deus em três discursos no comitê do PSB e um na Câmara de Vereadores pude pessoalmente  destacar ao Batista a importância dele na fundação do PSB, tanto dele como da professora Maria do Carmo, da professora Teresa da Luz Nascimento, Luís do Parcão, Naldo e Maria Carvalho; verdadeiros heróis. Mas o Batista era guerreiro e no peito como diz a canção, no peito ao invés de medalhas , cicatrizes de batalhas foi o que sobrou para ele. O Batista tinha o ombro calejado de carregar bandeiras, mas infelizmente não teve o reconhecimento que deveria ter”, destaca Wingert que segue sua analise “Agora  estou diante  da dona Erciria e olhando nos olhos dela posso dizer o quanto ela é importante para o PSB e para minha história, porque nós  estamos vereador devido  a um sonho que ela ajudou embalar e construir”,  argumenta o vereador com lágrimas nos olhos e ainda  prossegue sua  enfase. Recordo-me que na Praça João Blos, o Batista me disse, olha vereador vou levar esta mudinha para a dona Erciria plantar e subiu a Avenida Brasil e ali na praça  eu fiquei contemplando e afirmei ao Cunha e aos demais companheiros, ali vai o meu partido apontando para o Batista.  Na sequencia o vereador esteve na residência de Luiz Carlos Machado; o Luizinho do Sindicato que é morador da Padre Júlio. E novamente um quadro  de uma foto do vereador com  seu Luizinho na Praça João Blos  foi entregue ao  líder sindical como forma de agradecimento  pela história de amor ao PSB. Jair Wingert salientou “Sou suspeito a falar do seu Luizinho que é cria lá de Santana do Livramento, porque sou fã dele. É um homem sério, de bem e se o Luizinho disse pode ter certeza que  é verdade. È daqueles homens antigos que honram a palavra e fio do bigode. Sou muito grato por tudo que o Luizinho fez na minha campanha. Além de um grande articulador, seu Luizinho é um sábio e de conselhos certos na hora certa. O mundo precisa de pessoas como seu Luizinho e a dona Erciria”, finaliza o vereador Jair Wingert  emocionado.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A HISTÓRIA ESTUPRADA DO BRASIL

Só mesmo um bicho do mato criado pelas macegas pode tratar como égua quem nos dá vida e amor. Decerto é um desses cueras, criado pelas barrancas, Manunciador de potrancas, Sem freio no linguajar. Não aprendeu que um gaúcho, Não faz da prenda um capacho, E que os deveres de um macho, É proteger e amar. Morocha não, respeito sim, mulher é tudo, vida e amor, Quem não gostar que fique assim, grosso, machista e barranqueador” - Leia o texto abaixo de autoria de Valdson Almeida e analise... Jair Wingert; jornalista revoltado com os canalhas e cinicos (e tem tantos em tantos lugares que me tapo de nojo).

Este texto nos convida a uma ampla reflexão. O caso do escroto pseudo deputado Bolsonaro que de bom só tem o primeiro nome (he,he,he), pois é restolho da ditadura; um faxista de marca maior que não vale a comida que come, pois o tal “deputado” (não sei como é que alguém consegue votar num escremento destes???) ao dizer que não estupraria a deputada GAÚCHA, Mária do Rosário porque ela não merecia. E olha que a Maria do Rosário não é do meu partido e nem simpatizo com com suas ações politicas, mas espere ai, onde esta o respeito? Onde está a ética? A Câmara dos Deputados precisa cassar o madato desta ameba chamada Bolsonaro. O Leonardo, um dos maiores cantores e poetas do Rio Grande do Sul escreveu uma canção em respostas a Morocha do Davi Menezes Junior e a letra diz mais ou menos assim: “

A HISTÓRIA ESTUPRADA DO BRASIL

Corre mata adentro, cansada, ofegante, vencida.
É o bandeirante desbravador estuprando a índia. E é ela a selvagem, claro!
Tapa a boca, escraviza a alma. Chora, vendida.
É o senhor da casa grande, proprietário de carne, estuprando a negra na senzala. E é ela a escória, claro!
É o militar patriota estuprando a comunista subversiva nos porões da ditadura. E é ela a ameaça ao país, claro!
É o policial vestido de hipocrisia que atende a mulher violentada agora a pouco, perguntando que roupa ela usava na hora do ocorrido. E é ela que se veste errado, claro!
É o pai de família que faz sexo com a esposa indisposta. Mas isso não é estupro, é só sexo sem consentimento mútuo, claro!
É o macho alfa que estupra corretivamente a lésbica "mal comida". E é ela a doente que precisa de cura, claro!
É o aluno de medicina, estudante da “melhor universidade da América latina”, que estupra a caloura bêbada. E é a denúncia dela que mancha o nome da Universidade, claro!
É o político defensor dos “bons costumes” que só não estupra a deputada porque ela 'não merece'. Ufa, pelo menos alguém sensato nessa história violentada do Brasil.


*Valdson Almeida

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A FLAUTA

O campeonato brasileiro está encerrado, venceu a equipe mais competitiva e a mais disciplinada taticamente. O Cruzeiro com uma equipe sem medalhões, mas com padrão de jogo definido e com um grupo parelho, inclusive com um banco de nível que não destoava quando Marcelo Oliveira efetuava substituições. Venceu o mais equilibrado. No Rio Grande do Sul novamente pela má gestão tanto de Inter quanto Grêmio restou para o nosso bairrismo exacerbado a disputa de vaga na Libertadores e o gauchão. Nada contra o gauchão, porque pior que vencer a competição é perdê-la, mas convenhamos é muito pouco para a grandeza destes dois grandes clubes gaúchos. Tenho inúmeros amigos gremistas e os respeito e a reciproca é verdadeira, apesar de muitos destes não perdoarem os tropeços do colorado. Alguns mandam mensagem tipo; “Olha o Celso Juarez está desempregado” coisas do tipo. Mas sou sincero desde 2008 procuro não tocar flauta no nossos adversários, por que? Explico, um belo dia amanheceu e havia grenal. Como de costume nos preparamos pois o Gigante nos esperava para começar a festa. No caminho adentramos na Padre Cacique e os guris vendiam bandeiras, camisetas e flâmulas do Clube do Povo, mais adiante uma senhora oferecia uma bandeira com a frase -Campeão de tudo! Um jovem ofertava por dez reais um poster de 2006 – numa bela sessão nostalgia onde havia os dizeres – Campeão do Mundo Fifa. Entramos no estádio e para minha supresa havia 10 mil torcedores tricolores como nos velhos tempos. Entramos naquela festa ao ritmo da Guarda Popular “Inter estaremos contigo.... Tu és minha paixão....” “ O guaraná na mão (não bebo).... E de repente começa a tradicional “Ola” seguida do Vamo, vamo Inteeeer” O Gigante estava rugindo e a cada tentativa de grito de guerra do outro lado era abafado pela maré vermelha com “Ão, Ão,Ão segunda divisão”. Tudo saudável, sem brigas. No pátio do Gigante vislumbrei uma cena poética, demonstração de civilidade a toda prova, uma família, pai e duas filhas; vestidos os três com a camisa colorada, a mãe e um menino vestidos com a camisa do Grêmio se separaram. Cada grupo seguiu para sua torcida, aliás, colorados e gremistas caminhavam juntos de forma amistosa como no passado, quando o que existia de mais agressivo eram os temidos sacos de mijo “Senta, olha o mijo” Lembra? Acomodado embaixo da marquise que existia na época – A maior torcida do Rio Grande no anel superior, sintonizei o Nando Gross e ouvia atentamente o mais lúcido comentarista do Rio Grande do Sul que fazia uma analise do clássico grenal. Mas para meu desespero quando o nosso adversário entrou em campo, lá estava no gol Manga, na lateral direita, Claudio Duarte e a dupla de área, sabe quem? Figueroa e Indio.Na lateral esquerda Claudio Mineiro. Não pode ser. O sofrimento continuava, meio campo com Falcão, aquilo doeu o coração e lágrimas brotaram dos olhos deste morugavense adotado por Campo Bom aos 4 anos de idade. Além de Falcão aquele mercenário, Paulo César Carpegiani e ai foi demais, D`Alessandro com a 10. O Dale nos traiu. No ataque com a 7 Valdomiro e Fernandão, por favor o que está acontecendo? E na ponta esquerda Lula. Quando o auto-falante anunciou o banco fiquei mais apavorado – Goleiro reserva – Benitez e ainda tinha, Luis Carlos Winck, Gamarra, Rodrigues Neto, Iarlei, Batista, Jair, Rubem Paz, Marinho Perez, Fabiano Eller, Bolivar, Fabiano Cachaça, Nilmar e com a 14 sabe quem? Escurinho que ainda de forma provocativa saiu da casa mata e olhou para nós e sorriu, tipo: “Aos 30 minutos vou entrar e marcar um golzinho, pode ser aos 44 minutos, mas vou....” Minha angustia se acentuou ao ver que o técnico do nosso rival era Abel Braga e o preparador físico Gilberto Timm e o auxiliar do Abelão, sabe quem? Otácilio Gonçalves “Chapinha” Não pode ser... Não, não, não, não.... Acordei sobressaltado com a minha esposa Lídia apavorada perguntando o que estava acontecendo. Suando frio, olhos arregalados, olhei a minha eterna namorada e apenas balbuciei: “Foi um pesadelo. Um filme de terror que vivi, mas passou. Foi só um pesadelo” Desde este dia nunca mais toquei flauta nos gremistas, porque senti na pele o que eles de forma epidérmica e visceral vivenciaram e continuaram a vivenciar.