terça-feira, 20 de maio de 2014

GUARANÍ: MAIS QUE UM TIME

O bugre que nasceu no Rio Branco ganhou títulos e hoje faz um trabalho de conscientização e busca na fé levar pessoas a Cristo.
O Guarani F.C  na última quinta-feira (15.05),  reinaugurou seu novo uniforme no Ginásio de Esportes Espaço dos Boleiros na Avenida dos Estados próximo ao CEI em Campo Bom.  O Guarani tem horário fixo todas as quintas-feiras da 20 às 21 horas. A equipe do bugre venceu a partida  e realizou uma excelente apresentação, primando pelo velho estilo Guarani e marcação e determinação tática. No final da partida os atletas do Guarani participaram de um animado jantar de confraternização.   O novo uniforme do Guarani tem a marca e talento do web design e publicitário Claudio Cunha que se esmerou nos traços arrojados, sem perder as cores oficiais do bugre campo-bonense que é justamente o verde limão. Outra inovação do setor de marketing do Guarani é o espaço publicitário, na parte frontal das camisas, a publicidade é da TV Novo Tempo  – O Canal da Esperança (Canal 56 ou 14 na Sky) já na parte de traz da camisa o espaço é institucional e o Guarani optou num foco de saúde com a frase: “Doe sangue. Doe órgãos, salve vidas”.   Mas para conhecer um pouco mais a história deste tradicional clube que nasceu no bairro Rio Branco é preciso voltar no túnel do tempo... Vamos viajar?

Um clube que nasceu no Morro e no coração dos meninos
Um grupo meninos de idade entre 8 e 14 anos se reuniam no bairro Rio Branco para jogar futebol, num tempo onde os campinhos da vida eram a única alternativa  para a garotada. Os primeiro jogos aconteciam nos fundos da casa dos Wingert num campinho com goleiras de taquara na Rua Padre Ambrósio. Um dia um dos meninos reuniu o grupo e resolveram criar um time; uma equipe para jogar de  forma organizada, isso corria o ano de 1975. As partidas aos sábados a tarde e aos domingos pela manhã passaram a ser disputadas no sitio da família Strack localizado nas terras dos Fauth as margens da Avenida João Pedro antigo trilho do trem. Hoje está localizado neste espaço o Loteamento Fauth. Naquele tempo craque no Rio Branco era sinônimo de quem jogava bem. Assalto só nos filmes do Ciborg, James West ou do John Wayne. A viatura não corria atrás dos jovens, porque os meninos corriam atrás da bola nos campinhos e se tornaram cidadãos de bem. Durante dois anos os garotos jogavam sem ao menos ter um nome para a equipe, até que em 1977, após rifas, vaquinhas e ajuda dos “Pai”trocinadores surge o primeiro fardamento, camisetas verdes com gola amarela. Então surge o nome de Guarani, lembrando que no ano seguinte, o outro Guarani, o de Campinas (SP), em 1978 conquista o título de campeão brasileiro com um timaço formado por Neneca, Zé Carlos, Zenon, Renato e um ataque com Capitão, Careca e Bozó. Mas o Guarani do Rio Branco seguia sua trajetória jogando contra equipes do bairro- Padaria e Coritiba e também contra adversários de fora como o Paulista, 25 de Julho, sem contar nos torneios disputados e a maioria deles conquistados. Os primeiros atletas do bugre do Morro foram: Gilmar Strack, Paulo Vargas, Jorge Moreira, Jair Wingert, Toni Gressler, Edmilson Nunes, Carlos Moreira, Laone Wingert, Elvio André, Altemir Pereira, Everaldo Wingert,  Mauro Abreu, Sidnei da Silva e Paulinho Arteiro. Ainda vestiram a gloriosa camiseta do bugre; Geraldo Becker, Jaime Machado, Paulinho Apolo, Leonel Vargas, Gilberto Socrates “Na Unha”  e outros.

Parou por que? ... Um novo tempo...
Em 1979 o Guarani acabou perdendo seu estádio uma vez que a família Strack mudou-se para Novo Hamburgo. Neste período ocorre uma mudança de estratégia e o bugre passa a jogar futsal, onde com uma base forte monta uma excelente equipe que conquistou muitos títulos em torneios inclusive fora do municipio.    O Guarani em 1986 fez uma parada, como quem dá um tempo. A vida  seguiu seu curso, uns casaram,outros mudaram de cidade, mas a trajetória daqueles guris sonhadores que amavam jogar e correr atrás de uma bola entrou.   Em 2010, o Guarani retoma as atividades, desta feita com uma proposta de unir e apresentar Cristo como solução para os problemas do mundo. A equipe liderada pelo pastor Marcelo Fragoso passou a jogar com atletas na sua maioria Adventistas do Sétimo Dia visando lazer saudável e confraternização. A tática era a seguinte cada um adventista convida um não adventista para jogar e a partir da amizade apresentam o amigo Jesus. A jogada deu certo e muitos atletas tiveram oportunidade de conhecer a Cristo e seu plano de salvação. Neste segundo momento do Guarani o foco é ser um time missionário, onde o resultado não é o mais importante e sim evangelizar a partir da amizade. O nome Guarani foi uma sugestão de um remanescente da equipe lá de 1975, Jair Wingert. A ideia foi acatada e hoje o Guarani segue sua caminhada jogando agora não por taças, mas procurando através do esporte, da amizade e relacionamento familiar levar pessoas até Cristo.  O Guarani de 2010 teve  algumas formações  e entre estas:  Andrézinho, Marcelo Fragoso, Jorge, Juliano, Régis,  Ivã, Luis Felipe, Paulo Bohn, Antonio, Odirlei,
Jair, Jonas, Denis, Eduardo, Leonardo, Cirano de Carli, Iguio Cabral.  O Guarani segue sua caminhada agora com propósitos diferentes, plantando sementes e mostrando caminhos que levam para o céu!
Esta foi a formação do Guarani em 2011.

domingo, 11 de maio de 2014

A VIOLÊNCIA NOSSA DE CADA DIA

Hoje se fala muito na questão violência, pois ela assusta, dilacera e nos faz perder o sono. Pagamos impostos altos e a Constituição diz que segurança é dever do Estado, certo? Mas chegamos a tal ponto de pânico que a noite ao chegarmos em casa ficamos assustados a qualquer movimento estranho. Descer do carro para abrir o portão a noite quem se arrisca? Grades, cerca elétrica, câmeras de vídeo, cães, cacos de vidros em cima do muro, segurança privada. Estamos vivendo atrás das grades, pela ausência do Estado. Em Campo Bom e no Rio Grande do Sul como um todo sentimos a ausência de brigadianos em duplas principalmente pelo centro da cidade. O que está acontecendo? Falta efetivo? O salário baixo, a periculosidade inerente a profissão afasta candidatos ao cargo de policial militar? Sabemos que em Campo Bom, o capitão Luciano Veríssimo é um excelente policial, um homem aberto ao diálogo, profissional dedicado e um apaixonado pelo que faz, que vibra com as vitórias dos seus comandados e ao mesmo tempo sofre quando a bandidagem vence alguma batalha. Mas então por que a violência? Por que dos assaltos? Dos arrombamentos? E outros delitos. Numa análise do contexto contemporâneo avançamos numa tese, ou melhor, uma análise. O grande problema é que nos debruçamos sobre a consequência da violência e esquecemos o foco central que é a causa. Os por quês da violência? O sistema prisional é falho, caótico e ultrapassado. As cadeias são faculdades de formação e pós graduação do crime organizado. As prisões não recuperam, pelo contrário criam seres revoltados que na rua se voltam com mais violência contra a sociedade. Enquanto não mudarmos a questão prisional a coisa continuará de mal a pior. O sistema prisional brasileiro deveria obrigar cada detento a trabalhar seis horas por dia dentro da prisão e o valor do salário seria repassado para a família ou depositado numa conta que seria usado após o cumprimento da pena. Outro aspecto, os presos deveriam estudar cinco horas, concluindo o ensino fundamental, ensino médio, bem como, cursos técnicos. A prisão não pode ser ociosa, pois a ociosidade é o laboratório do crime. Se efetuarmos uma pesquisa de cada dez presos, nove são advindos de lares desfeitos, vitimas de violência, de abusos, passaram fome, moraram de forma indigna e não tiveram escolaridade, mas sobretudo, não professaram um religião. Muitos nunca receberam um abraço, não receberam um elogio, um carinho e uma palavra de afeto. O ponto nevrálgico deste debate consiste no por que da violência. Onde pretendo chegar, na minha modesta avaliação existe um trinômio para uma sociedade feliz – Família forte e alicerçada, igreja e não importa qual, o fundamental é ter uma fé; um suporte para enfrentar as vicissitudes desta caminhada. A medicina afirma que pessoas que professam a fé, frequentam uma igreja são mais felizes, se recuperam melhor de doenças, de problemas e contratempos e por último a educação. Um projeto educacional forte e que oportunize a formação de pensadores, e não meros repetidores de informação. Família + Igreja + Escola = Sociedade estruturada e equilibrada. Se nada fizermos algo é imperioso a ser dito: não existe polícia no mundo que dará conta de substituir a ausência de família, ausência de educação (escolaridade no que tem de melhor o conceito), de espiritualidade (fé, valores éticos e morais). Portanto não há estado capaz de suprir tudo isso, sem a participação consciente e cidadã. Não sei se disse, mas tentei. - Jair J. Wingert; jornalista.