quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ONG AMIGOS DO PEITO

Lídia Duarte Wingert da Amigos do Peito repassou o leite longa vida integral a Ana da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Campo Bom
A prevenção ainda é o melhor caminho e o diagnóstico precoce aumentam as chances de cura do câncer

A ONG Amigos do Peito de Campo Bom, nasceu em 2010 de um parto a fórceps, ou seja, após um drama pessoal que se abateu sobre a família Wingert mais precisamente em 2008, quando Lídia Duarte Wingert foi diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado. Doença de Paget, um tipo raro de câncer. Após uma mastectomia radical realizada no Hospital São Lucas (PUC) em Porto Alegre vieram as sessões de quimioterapia, na sequência sessões de radioterapia e em 2012 cirurgia de reconstrução da mama. Após o tratamento e a recuperação, o casal, Jair Wingert e Lidia decidiram cumprir a missão de auxiliar os pacientes e famílias dos portadores de câncer. A dupla passou a realizar palestras na cidade, região e interior do Estado. São palestras que alertam para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer principalmente de mama. A ONG Amigos do Peito também realiza em Campo Bom campanha para arrecadar alimentos e principalmente leite longa vida tipo integral que anualmente são encaminhados a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Campo Bom. O casal está escrevendo um livro a quatro mãos que tem por título provisório – Estamos com câncer e agora? Onde aborda a luta, a esperança, a força para viver, a confiança em Deus, o relacionamento com médicos e profissionais da saúde e a busca por novos hábitos de vida. O livro ainda está no forno e a ONG busca patrocinadores. A proposta de Jair e Lídia é repassar 20% do valor arrecadado com a venda dos livros nas palestras para a Liga de Campo Bom. “Nós estamos buscando patrocinadores para este livro e acreditamos que em breve será uma realidade. Se alguém tiver interesse em ser parceiro entre em contato conosco pois o valor pode ser abatido do Imposto de Renda”, argumenta Jair Wingert que é o presidente da ONG Amigos do Peito

“O câncer não é uma sentença de morte”

“Nós descobrimos que o câncer não é uma sentença de morte, mas um alerta, um stop. Foi preciso fazer uma releitura de minha vida e buscar forças para vencer a doença. Depositei toda minha confiança nos médicos, mas principalmente em Deus, afinal Jesus é o médico dos médicos”afirma Lidia. “ A ONG Amigos do Peito tem por missão ser a mão amiga nesta hora difícil que  as famílias passam. Vamos continuar nossa caminhada falando de vida, de prevenção e fé”, destaca Jair Wingert.

Palestras: na região e no interior

Se você deseja uma palestra na sua Igreja, na Associação de Bairro, no Clube de Serviço, na sua Escola, no CTG ou na sua empresa, não perca tempo: entre em contato conosco e estaremos agendando uma ou mais palestras. As palestras abordam tema referentes a prevenção do câncer, mudança de hábitos e estilo de vida saudável. Não esqueça: câncer, o melhor caminho é a prevenção. Contatos podem ser feitos pelo e-mail: jwingert@ig.com.br ou pelo telefone 51.9856.9252.

Leite para Liga

Recentemente a Amigos do Peito com a exemplo de anos anteriores arrecadou leite longa vida integral que foram destinados a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Campo Bom. Ao todo foram doados 120 litros de leite arrecadados em três supermercados – Central, Sander e Haag, além do Centro de Saúde do Trabalhador junto ao Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom. “Agradecemos de coração a todos que ajudaram e foram sensíveis nesta campanha. Muito obrigado aos supermercados pelo apoio fantástico e ao Sindicato dos Sapateiros (CST)” observa Jair Wingert. Os leites foram repassados a Liga e recebidos pela voluntária Ana que afirmou que o leite estava vindo em boa hora e ajudaria muito aos pacientes que estão em tratamento. “Nós anualmente realizamos uma campanha e destinamos a Liga que cumpre um papel importante em Campo Bom na prevenção e no auxilio de pacientes e familiares que estão lutando contra esta doença”, destaca Lídia Duarte Wingert.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

MÁRIO, NÃO O DO ARMÁRIO

Tu conhece o Mário? (Que Mário???), quem nunca ouviu esta pergunta que muitas vezes vinha com outro questionamento: “O Mário não é irmão do Guido?”... Mas o Mário desta crônica é outro... Mário era um tipo metódico e sua vida sempre foi norteada pela simplicidade e sobretudo pela obviedade. Era do tipo que sempre saia com uma capa de chuva, com vários comprimidos na leva-tudo. Pegava sempre o mesmo ônibus e trabalhava na  mesma empresa como auxiliar de escritório. A vida de Mário era certinha sem sobressaltos. No final de ano ele alugava uma casa em Curaçau (um lugarzinho ali entre Curumin e Arroio do Sal), resultado da economia do ano inteiro. O carro popular fora adquirido num consórcio a duras penas com uma economia hercúlea. Os filhos de Mário, Carolina e João Pedro cursavam faculdade graças a uma bolsa obtida do ProUni. A menina fazia farmácia e o garoto comunicação.  Helena, a esposa de Mário, cuidava da casa e para ajudar na renda da família confeccionava artesanato. Os problemas na vida de Mário começaram há acontecer seis meses após sua aposentadoria. Na fábrica onde ele e mais dois companheiros de trabalho faziam as tarefas, uma nova máquina adquirida pela empresa passou a fazer a tarefa deles e de mais cinco. A máquina não recebe 13º, não ganha férias, não falta, não reclama e ainda mais é nova. A vida certinha e a rotina diária criaram problemas estruturais e comportamentais. Nos primeiros meses, Mário levantava cedo, por volta das 5h e 45 minutos, tomava banho, antes do desjejum, apanhava o jornal na grama e ainda fazia um afago no Chocolate, fiel escudeiro dos Araújo. Café com pão, geléia de morango e cobertura de nata, além óbvio de uma banana e um pedaço de mamão. Após a aposentadoria o cardiologista de Mário depois de uma avaliação fez um alerta. “ A pressão é boa 12 por 8, mas o colesterol ruim está um pouquinho acima do desejado, mas nada que uma caminhada diária na ciclovia não resolva”.  O ritual de levantar cedo era seguido como se Mário fosse para o trabalho. Não raro ele se deslocava até a parada onde pegava ônibus, mas depois de cair à ficha, Mário retornava para casa cabisbaixo e triste. Aos poucos a melancolia tomou conta da vida do novo aposentado. Tudo contribuía para a melancolia, gerando em alguns momentos crises de choro, angustia e ansiedade. A vida já não tinha mais cor e nem mesmo as estripulias do amigo Chocolate, fiel cão, motivava Mário. Um dia Helena avisou com o dedo em riste: “Já marquei uma consulta com o Dr. Freudiolino Sigmundo para tratar você. E tem mais você vai ir à consulta, porque a gente não suporta mais a situação”, argumentou a esposa. Para agravar o problema agora Mário parecia prestes a ser internado em uma clínica, pois não dormia mais em seu quarto, uma vez que com os olhos arregalados dizia em alto e bom som: “Tem um homem embaixo da minha cama e ele quer me pegar” Em alguns momentos o medo e o convencimento era tanto que João Pedro olhava embaixo da cama para ver se realmente não havia alguém ali. Consulta marcada, o consultório suntuoso num belíssimo prédio todo envidraçado fazia justiça ao preço. O encontro foi conforme o esperado, o psiquiatra de barba rala e branca, contrastava com os óculos redondos. O olhar aquilineo do profissional quase intimidou Mário. Após  uma análise o psiquiatra de forma direta e franca, com mão no queixo, voz pausada demonstrando domínio de causa afirmou que o problema era grave, mas que um tratamento via análise resolveria a patologia. Seria uma sessão de uma hora e meia por semana ao preço de 180,00 cada sessão, num total de  720,00 por mês. O problema é que o tratamento seria de no mínimo dois anos. Mário imediatamente calculou…. Um ano de tratamento equivaleria a um gasto de 8.640 reais (um carro usado), multiplicado por dois anos somaria um total de 17.280 reais.  Mário suava frio e ao final da consulta retornou a sua casa. Após três meses em um supermercado da cidade, o psiquiatra encontrou o Mário no corredor das verduras e ainda impressionado com a patologia psicossomática do paciente em potencial, questionou: “E aí meu caro Mário como está?” “Bem doutor, melhorei muito”, respondeu Mário prontamente. O psiquiatra rebate: “Mas e a questão daquele homem que havia embaixo de sua cama como você solucionou?” O velho Mário sentenciou: “O senhor é um excelente profissional, mas analisando o que eu gastaria com o tratamento para me livrar do homem embaixo da cama, preferi contratar um carpinteiro”. O psiquiatra boquiaberta quase não acreditando no que ouviu perguntou : “ Um carpinteiro, como assim?” "Mário sorriu colocando dois pepinos e um pé de alface no carrinho e lascou: “O carpinteiro cortou os pés da minha cama, resolvendo o problema por 50 reais”. Frase escrita nos muros de um antigo hospital psiquiátrico: “Aqui nem todos que estão são e nem todos os que são estão…”

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O CRAQUE DO TWITTER F.C.

Dudu cresceu num bairro pobre do Vale do Sinos, filho de pais sapateiros que vieram na época do Eldorado do Sapato nos anos 80, quando a Carteira Profissional era confeccionada pela manhã e a tarde a  pessoa já estava empregada. Depois vieram as crises cíclicas e a ameaça dos Tigres Asiáticos (China). Dudu assim se chamava em homenagem ao avô paterno; Eduardo de Arruda Miranda; agricultor das bandas de Santiago do Boqueirão. O menino Dudu logo cedo demonstrava habilidades com a bola e já na escola pegou a fama de craque. Todos no momento da escolha dos times queriam Dudu na equipe. Aos domingos pela manhã nas peladas no campinho do bairro o pequeno Dudu era atração, alguns a boca pequena diziam: “Vai jogar no Colorado ou Grêmio” outros afirmavam que souberam pelo filho, do padeiro que o irmão do motorista ouvira falar que havia um empresário de Porto Alegre de olho no guri. Na verdade Dudu gastava a bola. O guri era do tipo atrevido, daqueles estilo Romário “marrento”. Drible da vaca,  “meia lua”,  “lambreta” que para nós gaúchos é “Chaleira”, e até os famosos “paninhos” eram peculiaridades do futuro craque do Vale do Sapateiro. Por ser uma espécie de gênio precoce, Mangel, o técnico da equipe do bairro Jardim do Sol, o glorioso Corinthians “O Coringão do Morro”, escalava Dudu mesmo com 13 anos no segundo quadro e com a 10. O menino roubava a cena, a torcida chegava cedo ao campo para ver os dribles e arte contagiante de Dudu. Não raro tinha mais torcida nos jogos do segundo do que do primeiro quadro. Todos queriam ver Eduardo “Dudu” e sua genialidade. Gols de falta então era outra especialidade, de três dedos por cima da barreira. Ele batia no estilo Zico, Tadeu Ricci e de Andrézinho, tomava pouca distância a exemplo do velho mestre Enio Andrade,  batia sempre procurando ultrapassar por cima do terceiro homem da barreira e a cada dez faltas cobradas pelo guri, oito se aninhavam onde a coruja dorme. Apesar de ninguém fotografar, na maioria delas, o goleiro nem na foto saia!  Agora então surge a oportunidade de Dudu, uma porta se abre em uma escolinha de uma equipe de fora do Rio Grande do Sul, mas com uma extensão na região do Vale do Sinos. Dudu morava na área da escolinha num bonito alojamento, recebia um bom salário e um empresário era detentor dos direitos do passe do garoto por 20 anos; tudo graça a Lei Pelé. O salário de 8 mil reais ajudava e muito a família do menino. Até uma garagem o pai do craque construiu e aproveitou para rebocar e pintar a residência internamente e comprou a vista um TV “led” para assistir os jogos da Copa. Agora na vila, Dudu apenas assistia aos jogos do Corinthians, o máximo que fazia na beira do gramado, próximo ao para-peito de eucalipto, era embaixadinhas para suspiros dos menores que se espelhavam em Dudu. Quarto com ar condicionado, televisão e até computador com acesso a internet assim era vida do futuro craque no alojamento da escolinha. Por último um telefone celular de última geração. Dudu agora passava a maior parte do tempo na frente do computador conectado no face, iphone e outras parafernálias clássicas da era cibernética em que estamos inseridos. Mas a grande paixão de Dudu era o twitter. Chegava a faltar aos treinos para ficar “twitando”. Era uma espécie de vicio escravizante ao ponto de acabar com o futuro craque. Domingo ensolarado, manhã bonita de primavera e a escolhinha de Dudu decidia o título de juvenis (até 17 anos) com uma grande equipe da capital treinada por um ex-goleiro campeão do mundo no Japão em 2006. Um grande empresário estava no estádio para ver Dudu e comenta-se que o objetivo seria levá-lo para a Europa. O menino estava apático durante toda a partida. No intervalo no vestiário enquanto o técnico fazia a preleção, Dudu “twitava” num canto, alheio ao que o “ coach” dizia.  A vida de Dudu mudou drasticamente aos 37 minutos da etapa final, a partida estava zero a zero , o ponteiro  direito entrou em diagonal, cruzou e na frente do gol, somente Dudu e o goleiro adversário, a bola outrora a maior paixão do menino gênio se mostra sozinha, pronta para ser tocada para o fundo das redes. Era só bater, correr para o abraço, levantar a taça e assinar o contrato com o clube Europeu, porém Dudu estava absorto, desligado. Um misto de surpresa e desespero se abateu no estádio, tudo porque Dudu nem ligou para a bola, pelo contrário, tirou do calção, não um “cachimbo” como Renteria do Inter certa feita tirou, ou uma chupeta como Carlito Tevez. Dudu tirou o telefone do bolso e passou a “twitar”. A bola passou por ele, a vida passou por ele, o sonho passou pelo precoce menino que era craque no campo, mas escravo da cibernética, “dependentes químicos” dos equipamentos do homem pós-moderno e tão solitário. Onde estão os campinhos dos bairros? Onde estão os meninos correndo atrás de uma bola? Onde estão os Dudus que fazem embaixadas com a pobreza e driblam a marginalidade com a esperança no olhar?

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

QUEBRANDO O SILÊNCIO EM CAMPO BOM

O projeto Quebrando o silêncio é organizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia mas aberto a toda a família campo-bonense, venha participar.
Adventistas realizam ato contra a violência neste sábado
Neste sábado (14.09) as Igrejas Adventistas do Sétimo Dia que integram o distrito de Campo Bom formado por seis congregações locais e mais duas de Dois Irmãos realizam uma caminha denominada Quebrando o silêncio evento este que visa denunciar abusos contra a mulher e idosos, mas principalmente as crianças. A Caminhada inicia às 14 horas e a saída será na Avenida Brasil próximo a sinaleira da Unimed e segue por toda a extensão da principal avenida da cidade, tendo seu término junto ao Largo Irmãos Vetter. Durante todo o percurso serão distribuídos livros “A última esperança”, revistas alusivas ao tema Quebrando o silêncio e folhetos com mensagens de paz e esperança. O programa Quebrando o silêncio em Campo Bom é coordenado pelo pastor José Garcia. A caminhada é aberta a todas as familias do municipio. Todos estão convidados.

Os números assustam: a família precisa de ajuda
Diante dos nossos olhos está um mundo em que cada vez mais pessoas se inserem nos mecanismos de relacionamento virtual.Segundo dados da primeira pesquisa Kids Online Brasil, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), cujo objetivo foi analisar o comportamento das crianças brasileiras na internet, cresce o número de acessos à internet por parte do público infanto-juvenil. Foram entrevistadas 1.580 crianças e adolescentes: entre aqueles com idades entre 9 e 11 anos, o índice de adesão às redes sociais é de 42%; na faixa dos 11 a 16 anos, a taxa sobe para 70%. Desse último grupo, 23% já fizeram novos contatos on-line e 25% chegaram a encontrar os amigos virtuais pessoalmente. Apesar de permitido apenas para maiores de 12 anos, o Facebook está cheio de perfis infantis. Em busca de jogos, informações sobre ídolos e conversas com amigos, cada vez mais crianças navegam pela rede social. De acordo com o especialista em inteligência digital Gil Giardelli, os familiares, em especial pai e mãe, devem estar atentos porque na Internet a mercadoria é o próprio usuário. “Ofertamos nossos dados para o mundo todo”. Estar conectado em uma rede social já é a segunda atividade infanto-juvenil mais comum na rede, depois de fazer as tarefas escolares, de acordo com a pesquisa do CGI. Assistir a vídeos no YouTube, jogar on-line e postar fotos na internet aparecem, respectivamente, em terceiro, quarto e quinto lugares.Preocupados com os perigos aparentemente ocultos deste novo mundo virtual, que se descortina diante dos olhos de crianças, juvenis e adolescentes, a campanha Quebrando o Silencio 2013 chama a atenção de pais e mães para a necessidade de auxiliar seu filho a conviver saudavelmente neste mundo virtual. A revista também convida a você, que é filho, a usar com sabedoria os meios virtuais de comunicação.Não podemos fugir dos avanços tecnológicos, mas precisamos utilizá-los de forma sábia para tirar proveito de todos os benefícios que eles nos oferecem.Sonhamos com famílias estáveis, felizes, filhos seguros, realizados, voando alto em busca de um mundo melhor. Seria utopia desejar tudo de bom às pessoas que amamos?

COM QUEM ACONTECE?
Com aquele que é diferente, indefeso, tímido e frágil.
Com aquele que se destaca por ter boas notas, por ser amigo ou receber a aprovação dos adultos.
Aquele que tem características físicas ou emocionais que chamam a atenção, tais como: ser gordo, magro, alto, baixo, sensível, etc.
ONDE É MAIS COMUM?
No ambiente escolar (70%), na família (20%), na vizinhança e no ambiente de trabalho.
No ambiente virtual através de: redes sociais, celulares e internet.
CONSEQUÊNCIAS
Afeta o desenvolvimento psicológico, emocional, social e cognitivo.
Efeitos: desinteresse escolar, déficit de concentração e aprendizagem, quebra do rendimento, absenteísmo e abandono escolar.
Saúde física: baixa na resistência imunológica, stress, sintomas psicossomáticos e simulação de doenças.
Afeta a auto-estima podendo levar à depressão e até ao suicídio.
SOLUÇÕES
A saída é “se abrir”, ou seja, procurar ajuda, começando com os pais.
O pai que tem um filho passando por esse problema precisa se mostrar disponível e interessado para ouvir. A vítima nunca deve ser aconselhada a revidar a agressão. Se o problema for na escola é fundamental entrar em contato com a administração do local.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

CHURRASQUINHO DO TIO DINO

Tio Dino  pilotando  seu avião agrícola salgando parte da carne
de uma pequena festa em Morungava.
Em 2011 escrevi neste Blog (já são quase 60 mil acessos), que apreciado por pessoas inteligentes e de extremo bom gosto, um “causo” do grande churrasco protagonizado em Morungava pelo  Arcedino Vieira Nunes que também recebe o codinome  de “Tio Dino”, irmão da minha progenitora e casado com a tia Miúda que faz a melhor broa de milho e a melhor ambrosia da região que integra a grande Morungava (Gravataí, Glorinha, Alvorada, Cachoeirinha, Taquara, Santo Antônio da Patrulha), na verdade a área territorial de Morungava se estendia para cima até alí próximo a praia de Bombinhas, inclusive aquele local Picada São Jacó; ou melhor, Linha São Jacó e para baixo a gente tinha domínio até Mostardas, depois de forma democrática Morungava foi concedendo emancipação. Ainda sobre os dotes de tia Miúda, uma de suas especialidades são os sonhos com  mumu, ou creme (tipo nariz entupido), por falar em sonho o Paulo meu dileto amigo disse que o Grêmio tinha um sonho, porém o Valter comeu. Mas chega de papo, pois esta semana recebi via correio duas fotos do churrasco histórico em Morungava em 1979, junto vinha um bilhete do velho Dino, o qual transcrevo. “Olha meu sobrinho não te mixa aí em Campo Bom fica firme, pois  ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto. Achei estas fotos e peça para o Cunha o “Hans Donner” da editoração publicar os retrato. Isso é para os colas finas aí não pensarem que é tudo lorota o churrasquinho que a gente fez aquela vez. Ah a Miúda mandou este vidro de doce de abóbora e outro ambrosia, porque sabe que tu lambe os beiços e fica mais faceiro que gordo de camisa nova ”Pois vou refrescar um pouco a história, o tal churrasco foi em comemoração a chegada de um candidato apoiado pelo Tio Dino que  conquistou a Prefeitura, o prefeito eleito era primo do atual deputado estadual Miki Breier (PSB), aliás, um grande parlamentar. Tio Dino organizou a festa, algo pequeno, modesto como todo morungavense. Mataram 20 bois, 30 ovelhas, 1.850 galinhas e mais  2 mil quilos de salsichão para um aperitivozinho. Tio Dino comprou ainda  2 toneladas de batatas para a maionese. Sal foram 1.500 quilos de sal grosso e 700 quilos de sal fino o que resultou na falta de sal em toda grande Morungava. Para fazer o fogo foi derrubado o matinho de acácia (permitido pelo Ibama), coisa pouca, depois na área de terra de onde foi tirado o mato, o prefeito construiu 300 casas  populares. Tio Dino que é estrategista para assar a maior parte do churrasco com a patrola abriu  duas valetas de 3 metros de largura por 2,70 de altura e o comprimento de 2,5 quilômetros e o restante da carne se assou a moda antiga em espetos de camboim. A bebida  veio direto de Novo Hamburgo da fábrica da Cassel (empresa histórica na região e que não existe mais). Ao todo foram 16 caminhões e mais 4 caminhões de vinho e suco de uva vindos de Rolante. Para salgar, visando facilitar e defendendo a tese do Domenico de Masi filósofo do Ócio Criativo, Tio Dino que diz que fazer força é para guindaste ideiou (ideiou é bom né??) salgar a carne de avião. Preparou  a salmoura e os temperos, pegou o avião agrícola que também servia para defesa do território em possíveis ataques de Gravataí ou Taquara (força aérea morugavense) e em três vôos salgou toda a carne. E no momento exato de um dos sobrevôos seu Artidor registrou em foto fidedigna a proeza do velho Dino (confira a foto).
Passada a festinha que reuniu  um pequeno número de 4 mil pessoas, os espetos de camboim foram doados para as caldeiras de um Hospital de Porto Alegre, ao todo 10 mil metros cúbicos de madeira (Hoje seria crime ambiental). A churrasqueira lembra? Pois bem, o local com a chuva encheu de água e como havia muito sal no fundo do valo a água se tornou salgada e tio Dino trouxe espécies de peixes do mar que se reproduziram e hoje existe no local um pesque e pague que traz divisas e gera empregos em Morungava. Tem que ter concurso – 100% Morungava.
A foto mostra parte da carne sendo assada em 1979 numa pequena
comemoração.