terça-feira, 29 de novembro de 2011

OS 5 PRINCIPAIS ARREPENDIMENTOS DE PACIENTES TERMINAIS

O texto desta crônica da semana foi enviado gentilmente pela leitora deste Blog, a amiga Nara Staier de Campo Bom. É um texto muito  bonito e que nos convida a uma reflexão profunda... Obrigado Nara pela excelente contribuição.
Bronnie Ware trabalha com pacientes perto do fim da sua vida – pacientes terminais. Neste post, ela escreve sobre os principais arrependimentos que vieram à tona aos seus pacientes em seu leito de morte. Os cincos principais seguem abaixo:
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a vida que os outros esperavam de mim.Este foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinham honrado a metade dos seus sonhos e morreram sabendo que era devido às escolhas que fizeram, ou deixaram de fazer.É muito importante tentar realizar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade que poucos percebem, até que já a não têm mais.
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.Isto veio de todos os pacientes do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam o crescimento de seus filhos e o companheirismo do parceiro. As mulheres também citaram este arrependimento, mas como a maioria era de uma geração menos recente, muitos dos pacientes do sexo feminino não tinham sido chefes de família. Todos os homens que eu acompanhei se arrependeram profundamente de passar tanto tempo da sua vida com foco excessivo no trabalho.Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível não ter que precisar de um salário tão alto quanto você acha. E criando mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, mais adequado ao seu novo estilo de vida.
3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.Muitas pessoas resguardaram seus sentimentos para manter a paz com os outros. Como resultado, tiveram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de ser. Muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que carregavam, como resultado.Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, embora as pessoas possam reagir quando você muda a maneira de falar com honestidade, no final a relação fica mais elevada e saudável. Se não ficar, é um relacionamento que não vale a pena guardar sentimentos ruins. Você ganha de qualquer maneira.
4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos. Muitas vezes os pacientes terminais não percebiam os benefícios de ter por perto antigos e verdadeiros amigos até a semana da sua morte, e nem sempre foi possível encontrá-los. Muitos haviam se tornado tão centrados em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro se diluirem ao longo dos anos. Havia muitos arrependimentos por não dar atenção a estas amizades da forma como mereciam. Todos sentem falta de seus amigos quando estão morrendo.É comum que qualquer um, em um estilo de vida agitado, deixe escapar amizades. Mas quando você se depara com a morte se aproximando, os detalhes caem por terra. Não é dinheiro, não é status, não é posse. Ao final, tudo se resume ao amor e relacionamentos. Isso é tudo o que resta nos dias finais: amor.
5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz.Este é surpreendente. Muitos não perceberam, até ao final da sua vida, que a felicidade é uma escolha. Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto”. O medo da mudança os faziam se fingir aos outros e a si mesmos, enquanto lá no fundo ansiavam rir e ter coisas alegres e boas na vida novamente. Vida é escolha. A vida é SUA. Escolha com consciência, com sabedoria, com honestidade. Escolha ser feliz.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UM CIENTISTA NO MORRO DAS PULGAS

O poeta Gonzaguinha em seus versos de “O que é o que é” sentencia que somos eternos aprendizes. Um dos grandes problemas das pessoas do estressado e doente mundo atual é que a maioria leva a vida muito a sério. Você já riu de si mesmo? Já andou de pés descalços, alías, lembra quando foi a última vez que fez isto?  Já se lambuzou como criança degustando um sorvete ou fez a maior das melequeiras comendo um cachorro quente?  Ou então após tomar um refrigerante deu um arroto daqueles que as pessoas próximas pensam até que era um terremoto de 7 pontos?  A vida não pode ser levada tão a sério, até porque ela é preciosa demais para nos preocuparmos com coisas que em 95% das vezes não aconteceram. Tem algumas coisas que são estranhas na vida, conheço um amigo que está separado da esposa, mas que mora com a sogra, ou seja, a esposa foi embora e ele ficou morando com a mãe da ex-esposa, claro que é uma relação de afetividade e respeito, pois a sogra ou ex-sogra sei lá  tem quase 80 anos e meu amigo tem 40 anos e nutre pela sogra, ou ex-sogra um amor filial. Sempre suspeitei de algumas coisas que quase me levaram a terapia com o Dr. Paulo Bobsin, mas resisto como um bastião. Não faço... Não faço e não faço!!! Fico pensando em algumas teses como, por exemplo: por que dizer meia passagem, se as pessoas não tem meia bunda. Quando pequeno desenvolvi uma tese que não foi aproveitada no mundo cientifico. Você já parou para pensar se o médico que ajeitou teu umbigo quando nenê  fez o negócio certo? Já pensou se ele não atarraxou direito e o negócio arrebenta? Tu ali na parada de ônibus  aguardando o buzão e num momento  o umbigo desparafusa e cai as tripas para fora, que loucura! Ainda quando pequeno no Rio Branco em nome dos avanços da ciência convenci o Chico Louco, olha o nome do cara, a entrar na geladeira da minha mãe. Lembra da Steigleder com trinco de metal, toda branca? A geladeira era tão grande e pesada que quando estragava um caminhão tinha que vir buscar. Após prometer comprar cinco chicletes Ping Pong com figurinhas do campeonato brasileiro de 1975  e ainda usar da psicologia e aguçar o espírito aguerrido do Chico com a seguinte frase “Bah Chico, o Carlinhos do Baiano disse que tu não tem coragem de entrar na geladeira. O Carlinhos e o Ni disseram que tu não tem potência” Pronto, o velho Chico rilhou os dentes e abriu a porta branca da Steigleder da dona Eloina Nunes Wingert e se atracou. Depois de dois minutos abrimos e aí fiz a pergunta que encafifava esta mente quase de cátedra  da ciência: “E aí Chico a luz da lâmpada da porta da geladeira fica ligada quando fecha a porta ou não?” E a resposta da nossa cobaia colocou um ponto final nos estudos, logo conclui em 1975 que a lâmpada da porta da geladeira desliga quando a mesma é fechada.
Cresci e ainda bem que não enveredei para a medicina, segui o caminho mais próximo da loucura, me tornei jornalista.  E hoje tenho algumas teses, por exemplo, as máquinas que vendem refrigerantes, aquelas que a gente via nos filmes americanos, já estão aqui por toda parte. Acreditava quando menino e comprovei depois de adulto que nestas máquinas trabalham anões, é anões mesmo. Ninguém vê, mas eles se revezam em turnos de 6 horas e cada um adentra discretamente pelos fundos das máquinas. Comprovei esta tese recentemente em Porto Alegre num hospital onde observei um senhor colocar duas moedas na máquina, porém o homenzinho que estava lá dentro não alcançou a lata de refri, nem devolveu as moedas de um real. O cidadão bravo deu murros na máquina e dizia: Anão, anão, anão!” Realmente são anões...
E para encerrar vejo que na entrada de Porto Alegre, o clube da Azenha, tradicional adversário do Internacional esta construindo um estádio e já avisei ao meu amigo Cirano de Carli Cardozo que nós (Inter) gostaríamos muito de inaugurar o estádio do nosso tradicional adversário como inauguramos o Olímpico em 1954 numa prova inequívoca da boa relação com o tradicional adversário, mas uma dúvida freudiana me dilacera a alma e epidermicamente, ou melhor, visceralmente fico pensando: para manter viva a tradição de disputa se o campo deles vai se chamar Arena, não seria o caso do Beira Rio pronto e sediando os jogos da Copa do Mundo se chamar MDB? Tudo para manter rivalidade não achas? Ser ou não ser eis a questão.  *_Jair Wingert; jornalista.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MORUNGAVA AINDA EM DOSES...

“Quer saber mais que o médico?”
 Zé Guilherme que no passado fora meia-direita do Morungava e jogou ao lado do tio Dino, agora já idoso se dedicava ao seu sitio. O provecto cidadão se tornara um excelente domador de cavalos, agora  já com a idade apertando, Zé Guilherme está meio por casa. Casado com dona Helena uma polaca mais brava que marimbondo, mas exímia cozinheira e sua especialidade é doce de ambrosia ou broas de milho. Sabe, homem não pode ficar muito tempo em casa que vira briga com a mulher. Os dois andavam em pé de guerra e não é que um dia sinhá Helena não me vai inventar de ter um ataque cardíaco. Deu um piripaque na velha e levaram a mesma  “malita no más” para o hospital. Chegando no nosocômio. Hoje eu, a gente está se superando: nosocômio e provecto cidadão é mole ou quer mais? O que o estudo faz, bahhh. Este Blog indiada macanuda também é cultural. Saiba que nosocômio: é um substantivo masculino. Nosocômios seus inimigos do Mobral é o mesmo que Hospital chê. Mas deixamos de trololó como diz a tia Dilma, no Hospital os médicos fizeram tudo o que podia, choque, injeção e tudo mais, mas o médico chamou Zé Guilherme e disse: “Olha, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, mas infelizmente perdemos dona Helena”. Disse o médico que foi deixando a sala cabisbaixo até parecia centro-avante quando  erra a penalidade máxima. Zé Guilherme já pegando o telefone para avisar o pessoal do sítio, eis que acontece algo inesperado, dona Helena volta a si e grita: “Zé eu não morri, estou viva, vem cá”, fala já sentando na cama. Seu Zé Guilherme olhando para a esposa avisa a mesma: “Deita aí velha tu tá morta sim, o tá querendo saber mais que os médicos”

Tio Dino e a carta

 Seu Arcedino Vieira Nunes; codinome do tio Dino sempre levava verduras e frutas para a CEASA em Porto Alegre ou num supermercado em Taquara. Durante 14 anos num ritual de pontualidade, tio Dino passava pelo Eleutério; guarda da Polícia Rodoviária e deixava para o mesmo uma caixa com bergamotas, alface e moranguinhos. Duas vezes por semana Eleutério recebia presentes do tio Dino. Um dia tio Dino passou pelo guarda a mais 80 por hora e não parou, o que causou estranheza no policial que na volta atacou a caminhonete e perguntou: “Não esqueceu de nada seu Dino?”. O velho Dino de guerra respondeu “Que eu saiba não”. O guarda cutucou: “ E a minha caixa de frutas, tu esqueceu dela?”. Tio Dino com olhar tipo Dick Vigarista devolveu na laje: “Não vou mais te dar as frutas “Lautério”, porque agora eu tirei a carteira de motorista e seu tu quiser vai ter que pagar. Não matei meu pai a soco”.

As gurias de Porto Alegre e os jacarés
 Uma turma de gurias estudantes de Porto Alegre apareceram lá pelo sitio do Tio Dino para acampar e resolveram tomar banho num açude. Verão forte e como só havia gurias resolveram tomar banho peladas. Não demorou muito tempo Zequinha das Candongas ajudante no sítio chegou com um balde e ficou ali a observar a cena. As jovens estudantes da capital revoltadas gritaram impropérios ao ajudante do tio Dino e nadaram mais para o meio do açude,  uma delas, bem atrevida disse:  “Nós não vamos sair daqui enquanto o senhor não ir embora. O senhor veio nos espiar, não tem vergonha?”. Como todo bom morungavense, seu Zequinha  com a experiência  e a tranqüilidade do povo da roça, disse bem calmamente: “Gurias vocês tão é enganadas, não vim aqui ver vocês coisa nenhuma, eu vim aqui trazer estes miúdos de galinha para tratar os jacarés que moram aí nesta lagoa”. Tem que ter concurso – 100% Morungava.